• Carregando...
 | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo

O diretor da Construbase e alvo da Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, Genésio Schiavinato Junior, se apresentou na manhã desta terça (5) por volta das 10 horas na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Na deflagração da operação na manhã de segunda (4) foi expedido um mandado de prisão temporária contra ele.

Pouco depois de se entregar, ele foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer o exame de corpo delito.

O advogado de Schiavinato Junior afirmou que ele não foi encontrado no dia da operação porque estava no interior em férias com a família.

Presidente da OAS e Walter Torre acertaram propina para desistência em licitação

Leia a matéria completa

Abismo

As investigações da Operação Abismo apuram fraude à licitação, lavagem de dinheiro, cartel e pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e membros do PT, “num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras”, segundo a PF.

“Há uma conexão entre as operações recentes”, disse o procurador da República Roberson Pozzobon, destacando o fato de os nomes de investigados se repetirem nas últimas semanas em diversas operações contra a corrupção -como o próprio Ferreira, preso no mês passado na Operação Custo Brasil.

“Não há como enfrentar o crime organizado de maneira desorganizada. A corrupção está efetivamente alastrada no nosso país”, afirmou Pozzobon.

O nome da operação é uma referência às tecnologias de exploração de petróleo em águas profundas desenvolvidas no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) - e também à profundidade do esquema de corrupção na estatal. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, o esquema “levou a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”.

As investigações desta fase foram corroboradas pelo acordo de leniência e acordos de colaboração com a empresa Carioca Engenharia e seus executivos. Elas indicaram a formação de um cartel na disputa por três obras da Petrobras em 2007: uma sede administrativa em Vitória, o Centro Integrado de Processamento de Dados(CIPD), no Rio, e o Cenpes.

A obra do Cenpes ficou com um consórcio formado, além da Carioca Engenharia, pela OAS, Construbase, Construcap e Schahin Engenharia. Todas foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã de segunda-feira (4).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]