A Força Sindical, que batalha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial, apoia a iniciativa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que defende uma proposta intermediária: redução para 43 horas em 2011 e para 42 horas em 2012. A proposta foi feita por Temer no mês passado a líderes de sindicatos de trabalhadores. Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a solução é "viável" e a Força deve fazer um acordo com Temer para que o tema seja votado.
"Acho que é possível aprovar a proposta intermediária do presidente Michel Temer", disse durante a inauguração da nova sede da Força, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Segundo ele, o projeto traria um ganho expressivo para a qualidade de vida dos trabalhadores. Não existe previsão de votação, mas ele acredita que pode ocorrer nos próximos 20 a 30 dias.
Paulinho, como é conhecido, lembrou que o Brasil só mexeu duas vezes na sua jornada de trabalho. A primeira vez foi e 1943, na gestão de Getúlio Vargas, e a segunda foi na Constituinte de 1988. "É uma luta difícil porque enfrenta todo o empresariado do Brasil. Não é fácil de aprovar, será uma batalha", disse. O presidente da Força acredita que o atual momento é favorável para os trabalhadores reforçarem seus pleitos. "O Brasil está sendo visto lá fora como o único país que saiu da crise, e é um bom momento para aumentar as reivindicações", afirmou.
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