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O secretário de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, e o comandante militar do Leste (CML), general Domingos Curado, informaram nesta sexta-feira que a força-tarefa formada pelos setores de inteligência das duas instituições será mantida até o fim do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o roubo de armas do Exército. A informação foi dada em comunicado conjunto das duas assessorias.

O roubo de dez fuzis e uma pistola do Estabelecimento Central de Transportes (ECT), em São Cristóvão, aconteceu em 3 de março. As armas foram localizadas 12 dias depois, em investigação casada da Secretaria de Segurança e do CML. "Distanciados da questão política e sem a necessidade de uma lei ou de uma ordem superior, os órgãos que integram a força-tarefa estão trabalhando no combate à criminalidade", disse Itagiba, por meio da assessoria.

As 11 armas recuperadas pelo Exército numa trilha às margens da Estrada das Canoas, em São Conrado, serão periciadas pelo Núcleo de Criminalística (Nucrim) da Polícia Federal. A medida foi determinada na quinta-feira pelo juiz Marco Aurélio Petra de Mello, da 4ª Auditoria da Justiça Militar, e gerou mal-estar no CML. Os responsáveis pelo IPM 02/06 - instaurado para apurar o roubo das armas - defendiam que as análises fossem feitas no 1º Batalhão de Perícia do Exército (BPE).

As armas roubadas estavam com os números de série raspados. Os ladrões, no entanto, não tiveram a mesma cautela ao armazenar os fuzis e a pistola. Ao serem apresentadas pelo CML, na noite de terça-feira, as armas apresentavam ferrugem. Na ocasião, o chefe do Estado-Maior, general Hélio de Macedo Júnior, argumentou que a corrosão seria derivada do acondicionamento impróprio.

Exército procura cinco pelo roubo

Apontados em depoimento do ex-cabo Joelson Basílio da Silva, de 23 anos, cinco suspeitos de participação no ataque ao quartel de São Cristóvão, estão sendo procurados pelo Exército. Com base nas informações, a Justiça Militar concedeu os novos mandados de prisão e de buscas e apreensão. Entre os investigados pelo Exército figuram outros dois ex-militares, um deles ex-sargento. Além de Joelson está preso o ex-soldado Carlos Leandro de Souza, de 22 anos, que também admitiu envolvimento no caso.

As suspeitas contra o ex-cabo Joelson aumentaram com a confirmação de que ele havia tido desentendimentos com um tenente antes de ser desligado. O oficial estava de serviço na noite do ataque e foi o mais agredido pelos invasores. As agressões foram gravadas pelo circuito interno de segurança da unidade. Nas imagens, o tenente e outros sentinelas foram perfilados, espancados e agredidos a coronhadas.

Outro dado importante é que o local do depósito das armas do corpo de guarda do quartel tinha sido mudado recentemente e por isso as suspeitas recaíam sobre ex-militares que tinham deixado a unidade há pouco tempo.

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