A entrevista coletiva da força-tarefa da Operação Lava Jato| Foto: GERALDO BUBNIAK/ESTADÃO CONTEÚDO

A Polícia Federal (PF) abriu a semana que antecede as eleições municipais com a deflagração de uma nova fase da Operação Lava Jato, desta vez para prender o ex-ministro Antônio Palocci. A força-tarefa aproveitou a coletiva de imprensa desta segunda-feira (26) para rebater as críticas em relação a uma possível conotação eleitoreira na deflagração da nova fase das investigações.

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“Muito se falou na operação da semana passada sobre o caráter eleitoreiro, mas a ação da polícia, com o Ministério Público Federal e Receita Federal, é pautada nos fatos e no tempo da investigação”, disse o delegado da PF Igor Romário de Paula. “O tempo da investigação não tem qualquer relação com a eleição, qualquer que seja ela”, completou.

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Na semana passada, depois de deflagrar a 34ª fase da operação, que tinha como alvo o ex-ministro Guido Mantega, a força-tarefa foi alvo de duras críticas pelo “caráter eleitoral” da operação. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que a operação da semana passada deveria se chamar “Operação Boca de Urna”. O ex-presidente criticou o suposto viés político da Lava Jato.

“O mesmo tipo de questionamento que provavelmente se terá hoje, nós tivemos em 2014 por ocasião da eleição presidencial”, disse o delegado da PF. “É o tempo da investigação e não tem qualquer relação”, garantiu.

Nessa segunda foram presos temporariamente o ex-ministro Antônio Palocci e outros dois investigados na operação. Em um evento de campanha de um candidato do PSDB em Ribeirão Preto (SP), o ministro da Justiça Alexandre de Moraes antecipou a realização de uma fase da Lava Jato nesta semana.

Durante a coletiva, a força-tarefa enfatizou que o ministro não tinha conhecimento sobre a deflagração da operação. “Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais”, disse Igor Romário de Paula ao abrir a coletiva de imprensa. “As datas de desencadeamento de operações especiais de polícia judiciária são acompanhadas apenas pelos responsáveis pela coordenação operacional”, disse o delegado.

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