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Pesquisa

Avaliação do governo Lula sobe 1%

Agência Estado

Brasília - A avaliação positiva ao governo Lula subiu em setembro, atingindo 69%, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. No levantamento de junho, o índice era de 68%. Já a avaliação regular ao governo caiu de 24% para 22%, na mesma base de comparação, enquanto o índice de ruim/péssimo subiu de 8% para 9%. A aprovação pessoal ao presidente Lula subiu de 80% para 81%, mas a desaprovação também subiu, passando de 16% para 17%. Já a confiança no presidente ficou estável, em 76%, enquanto 22% disseram não confiar no presidente, contra 21% no levantamento anterior.

O fortalecimento da candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) promete embolar a sucessão estadual no Paraná. Do lado tucano, o prefeito de Curitiba, Beto Richa – nome mais forte para disputar o governo do estado pelo PSDB –, terá de renunciar ao cargo para se candidatar, até abril do ano que vem. Em seu lugar, assumirá o vice-prefeito, Luciano Ducci, que, apesar de ser do mesmo partido de Ciro, garantiu que "o PSB é 100% Richa no ano que vem". Já no PMDB, que tem como pré-candidato o vice-governador, Orlando Pessuti, há quem pregue a desistência do apoio à candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff, se o PT local insistir em dar palanque ao senador Osmar Dias (PDT). Nesse caso, os peemedebistas fechariam aliança com Ciro Gomes no plano nacional.

Apesar de ter dois pré-candidatos à sucessão estadual – Richa e o senador Alvaro Dias –, a cúpula paranaense do PSDB não esconde a preferência pelo prefeito da capital. Se isso se confirmar, a prefeitura cairá no colo do PSB, que nacionalmente compõe a base aliada do presidente Lula. Luciano Ducci, no entanto, afirmou que o partido está fechado com a candidatura de Richa. "No Paraná, o PSB tem uma definição muito clara de apoio ao Beto em 2010. E isso conta com o aval da direção nacional do partido", declarou. O presidente estadual da legenda, Severino Araújo, também afirmou que a confirmação da candidatura de Ciro não alterará o quadro estadual. "São duas eleições diferentes. É claro que o Ciro vai ter palanque aqui no Paraná. Se o partido tem candidato a presidente, não teria sentido não apoiá-lo", argumenta o líder do PSB.

O deputado Valdir Rossoni, presidente estadual do PSDB, se disse despreocupado com uma possível perda do apoio do PSB. "O PSB estadual já manifestou apoio à nossa candidatura para governador. Agora, é uma postura do vice manter o compromisso com o PSDB", alertou.

Ameaças

No PMDB, o apoio à candidatura de Ciro Gomes deve apimentar hoje a reunião da executiva estadual da legenda. Ontem, o deputado Nereu Moura prometeu apresentar uma proposta para que o partido enterre de vez a aliança com o PT no Paraná e assuma com todas as forças a campanha de Ciro. "O Ciro tem combustível, está totalmente fora da mídia e até ontem não era candidato. Mesmo assim, já está em segundo lugar nas pesquisas", justificou. A proposta já foi apresentada ao governador Roberto Requião (PMDB), que deu sinal verde para que o assunto seja levado adiante. "Ele (Requião) não disse sim nem não, mas concordou que o PT está ferrando com a gente", contou Moura.

Como o PT discute o apoio a Osmar Dias no plano estadual, o deputado disse que os petistas escolheram o próprio caminho e não há motivo para o PMDB apoiar a ministra Dilma Rousseff. Segundo Moura, o vice-governador, Orlando Pessuti, não vai abrir mão da candidatura ao governo do estado e todos serão intimados a participar da campanha. "Quem não apoia Pessuti é oportunista. Não podemos aceitar laranjice no PMDB, ver gente acender uma vela para o santo e outra para o demônio."

Procurado pela reportagem, Osmar Dias não quis comentar as declarações de Nereu Moura. De acordo com o senador, as alianças no Paraná devem se compor em torno dos interesses do estado e não balizadas por pesquisas. "Para algumas pessoas, parece que só existe a disputa presidencial, o que não é correto. Creio que as alianças vão se formar de acordo com a disposição das forças no estado", declarou.

Já a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, disse que política não se faz com ameaças, mas com diálogo e base programática. Segundo ela, o PMDB faz parte da base aliada do governo Lula e, portanto, tem um compromisso com os petistas. "Estamos conversando com o PMDB, com o PDT também, mas não temos nada fechado. Que­­­remos costurar uma aliança que mantenha unida a base aliada", revelou.

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