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O tucano Gustavo Fruet (PR) reagiu nesta quinta-feira ao surgimento de um dossiê que o acusa de ficar com parte dos salários de funcionários entre 1997 e 2003, quando foi vereador e deputado federal, conforme Ilimar Franco antecipou , em sua coluna no jornal "O Globo". Segundo o tucano, a denúncia é velha, surgiu durante a CPI dos Correios, quando ele era sub-relator, e na eleição passada, na qual era cotado para disputar o governo do estado do Paraná. Embora diga que as denúncias estão relacionadas à política local paranaense, Fruet disse que a campanha pela Câmara dos Deputados será daí para pior.

- Isso é coisa da disputa política do Paraná. Como seguro morreu de velho, eu representei junto ao procurador, me coloquei à disposição, pedi para ser investigado, como pedi também para que investigassem a origem disso tudo. A campanha pela Câmara vai ser daí para pior até o final da campanha. Tentei ser candidato a governador do Paraná e até filho surgiu. Estou tranqüilo - afirmou Fruet, dizendo que um depoimento sobre a suposta apropriação dos salários dos funcionários já foi desmentido.

Denúncia

Em plena campanha pela presidência da Câmara, deputados receberam em seus gabinetes um conjunto de documentos da Polícia Civil de Curitiba em que seis funcionários de Fruet o acusam de se apropriar de parcela de seus salários. De acordo com o colunista Ilimar Franco, o dossiê inclui um ofício no qual o secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, envia informações à presidente do STF, Ellen Gracie. A assessoria do tucano informou, no entanto, que não há processo no STF e que a suposta denúncia está sendo distribuída por e-mail por adversários políticos de Fruet.

Nesta quinta-feira, Fruet lançou uma carta de compromissos de campanha com 12 pontos programáticos. No documento, o tucano reafirma a defesa pela autonomia do Congresso e enfatiza que é preciso buscar uma relação de independência com o Executivo. Ele condena o excesso de medidas provisórias (MPs), que "travam" os trabalhos do Legislativo e enfatiza seus lemas de campanha: a valorização do debate com a sociedade sobre os temas de interesse do país e a reconstrução da imagem do parlamento.

Apesar de o PSDB anunciar que está "fechado" com a candidatura do correligionário Fruet, o comitê central da campanha do tucano será na liderança do PPS. Numa visita que fez na manhã desta quinta-feira ao líder do PPS, Fernando Coruja (SC), o parlamentar do PSDB aceitou usar a estrutura do PPS para ser a sua base.

- Com o líder Fernando Coruja, estamos inaugurando a campanha 24 horas - disse Fruet.

Assessores de Fruet vinham reclamando da falta de estrutura. Além do espaço físico, o deputado do PSDB terá dois parlamentares do PPS - Fernando Coruja e Raul Jungmann (PE) - na coordenação da campanha.Palestra para novatos na Câmara é criticada por Chinaglia e Fruet

Nesta quarta-feira, a "aula inaugural" que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), fará no próximo dia 30 aos deputados eleitos novatos provocou críticas de seus adversários na disputa pelo comando da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Fruet. Com a justificativa de oferecer informações sobre o funcionamento do Legislativo, o evento dará aos novatos noções da atuação parlamentar.

Entre as atividades do encontro - que deverá custar cerca de R$105 mil - está prevista uma palestra de Aldo, a apenas dois dias da eleição. A cada início de legislatura acontecem essas aulas de treinamento, mas é a primeira vez que serão realizadas antes da posse e, conseqüentemente, da escolha do novo presidente.

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