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Os cerca de 108 mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos devem fazer uma paralisação nacional a partir do dia 20 de setembro. A categoria reivindica um reajuste de 47,17% e a elevação do piso salarial, de R$ 448 para R$ 932.

No final da manhã desta quarta-feira (3), a direção nacional dos Correios apresentou, em Brasília, sua contraproposta de reajuste. A empresa oferece um índice de 6,3% e um abono de R$ 400. Os trabalhadores dos Correios reúnem-se nesta quinta-feira (4), em assembléias em todo o Brasil, para avaliar a contraproposta da empresa.

"Com uma proposta desse tipo, que mais parece uma provocação aos trabalhadores, a greve é inevitável", afirma Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom/PR). "Se não tivermos outras propostas mais satisfatórias até 20 de setembro, a saída vai ser a paralisação", completa.

O mês de data-base dos trabalhadores dos Correios é agosto. A pauta de reivindicações da categoria havia sido entregue à direção nacional da empresa no último dia 7 de julho.

Outras reivindicações

Além do reajuste salarial, a categoria exige ainda a implantação de um plano de cargos, carreiras e salários, condições mínimas de segurança nas agências onde funciona o Banco Postal, a reintegração de trabalhadores demitidos, novas contratações por concurso público e o fim das terceirizações nos Correios. Outra exigência diz respeito à nomeação dos cargos comissionados dentro da empresa. A pauta nacional de reivindicações prevê eleições diretas para a nomeação de supervisores, chefes e diretores dos Correios, que passariam, também, a ser avaliados pelos trabalhadores.

Os trabalhadores dos Correios lutam ainda contra a privatização dos serviços postais. Uma ação proposta pela Associação Brasileira das Empresas de Distribuição (Abraed) tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e pode quebrar o monopólio postal da empresa.

Com o término do recesso no STF, os funcionários dos Correios acreditam que a ação deve ser votada agora em agosto. Nilson dos Santos, secretário-geral do Sintcom/PR, teme a demissão de 50 mil trabalhadores e a perda da qualidade nos serviços, caso o monopólio seja retirado.

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