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Uma força tarefa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi mobilizada para este fim de semana prolongado para tentar colocar em dia o trabaho acumulado em mais de dois meses de greve da Agência. O plantão durante o feriado servirá para desafogar o trabalho de liberação de remédios em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo.

No Brasil, a Anvisa tem 129 postos de fiscalização, 121 ligados ao Sindicato dos Servidores das Agências Reguladoras. Estes, voltaram ao trabalho ontem. Os outros oito, ligados à Federação dos Servidores da Previdência Social, mantém a paralisação. São dois postos em Pernambuco, dois na Bahia, dois em São Paulo, um em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul.

Até segunda-feira, 66 funcionários de Brasília serão deslocados para o Porto de Santos, os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e para o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

Quase a metade dos medicamentos que o Brasil importa chega pelo Porto de Santos, que é o que apresenta maior volume de carga represada pela greve. A Agência ainda está em greve na cidade, mas nove pessoas vindas de outros pontos do Brasil estão trabalhando no Porto. Segundo a coordenadora do grupo, que veio de Brasília, o trabalho vai continuar 24 horas por dia, até a normalização do fluxo da carga. A expectativa é de que isso aconteça em uma semana. Dos oito navios que aguardam autorização para atracar, três dependem de vistoria da Anvisa.

A Receita Federal e os agentes da Infraero também participam da ação. O horário de funcionamento será de 8h às 20h nos terminais de São Paulo e de 8h às 17h nos postos do Rio de Janeiro. Os sindicatos que representam afirmam que a greve já representou um prejuízo de quase R$ 500 milhões.

A pauta de reivindicações dos servidores inclui o pedido de isonomia de remuneração entre quem trabalha na mesma agência. A primeira reunião entre o sindicato que representa a maior parte da categoria e o governo aconteceu hoje em Brasília. A expectativa é de que até o fim da trégua, na próxima semana, haja uma solução definitiva.

- O que nós queremos é elaborar um projeto de lei que contemple todas as reivindicações dos servidores, e isso tranqüilamente dá pra se resolver em dez dias, sem problemas - diz o porta-voz do sindicato João Maria Medeiros.

Segundo o Sindicato dos Previdenciários da Bahia, que representa os trabalhadores da Anvisa no estado, os servidores vão decidir se continuam ou não a greve na terça-feira, durante a plenária nacional da categoria.

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