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Um depoimento do garçom identificado apenas como 'Jack' pode mudar o rumo das investigações sobre o assassinato do ex-prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT. Esta foi a conclusão dos senadores Eduardo Suplicy (PT), Romeu Tuma (PFL) e Magno Malta (PL), que colheram o depoimento do garçom nesta segunda-feira, em São Paulo. "Jack" tem a identidade mantida em sigilo e está no programa de proteção à testemunha.

Os senadores deixaram o local do depoimento e foram direto para o Ministério Público Estadual. Os três não divulgaram detalhes do depoimento, se limitando a dizer que as informações prestadas pelo garçom mudam os rumos das investigações.

- Interesses contrariados foram a grande parte dos motivos para o crime - disse Suplicy (PT).

A conclusão reforça a hipótese de crime político defendida pela família de Toninho, como a viúva, a psicóloga Roseana Garcia, e o irmão, Paulo Roberto da Costa Santos. A conclusão do inquérito foi que a morte do ex-prefeito foi crime comum cometido por ele atrapalhar uma fuga da quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

'Jack' afirma ter ouvido em um bingo de Campinas alguns homens traçando um plano para matar o ex-prefeito. O garçom chegou a ser ouvido no inquérito, mas seu depoimento foi descartado.

O senador Romeu Tuma também afirmou que o depoimento do garçom dá novo rumo às investigações.

Toninho foi morto a tiros em 10 de setembro de 2001 quando voltava para casa pela Avenida Mackenzie, em Campinas. Para a família, o ex-prefeito contrariou interesses financeiros com alguns projetos, como a proibição de novos bingos a menos de 500 metros de um já instalado ou as desapropriações para a ampliação do Viracopos, entre outros.

Suplicy informou ainda que vai tentar uma reunião com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para pedir que o caso seja melhor apurado.

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