O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira (22) não ver nenhum problema que o PMDB ocupe o comando da Câmara e do Senado. Ele afirmou que o acordo feito entre PT e PMDB não se estende ao Senado. Garibaldi deve deixar oficialmente a disputa na próxima quarta-feira (28) para apoiar José Sarney (PMDB-AP).

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Para o atual presidente, o fato de ter a maior bancada nas duas casas dá o direito ao PMDB de comandá-las. "O PMDB conquistou a maioria nas duas casas e sempre se entendeu assim, que quem tem a maioria comanda o processo".

Garibaldi afirmou que o acordo firmado em 2007 que previa um rodízio na presidência entre PT e PMDB tratava exclusivamente da Câmara. Ele descarta, assim, o pedido do PT para que o PMDB apóie Tião Viana (PT-AC).

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"Não houve reconhecimento de nenhum acordo e isso não prosperou. Na Câmara, quando foi eleito o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) quem tinha maioria já era o PMDB", afirmou o presidente do Senado.

Segundo Garibaldi, o acordo cedendo a presidência da Câmara para o PT em 2007 aconteceu porque faltava união à bancada do PMDB naquela casa. "Naquele tempo a maioria do PMDB era frágil. Caia um líder do PMDB de dez em dez dias. Agora eles conseguiram consolidar a maioria lá na Câmara também".

O atual presidente negou que a candidatura de Sarney possa prejudicar as pretensões de Michel Temer (PMDB-SP) de comandar a Câmara. "Até agora não se registrou notícia de nenhuma defecção". Temer disputa a eleição contra Ciro Nogueira (PP-PI), Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR).

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