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O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou a denúncia de interceptação telefônica ilegal de conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), publicada pela revista Veja, como "extremamente grave".

Garibaldi informou que o presidente Lula vai tomar providências severas, que serão anunciadas ainda nesta segunda-feira (1º).

"O presidente disse que teria, ainda hoje, reunião final com o conselho interno do governo, para definir as providências a serem anunciadas", disse o presidente do Senado depois de ser recebido no Palácio do Planalto pelo presidente.

Segundo Garibaldi, o presidente Lula não adiantou quais seriam as providências, mas revelou que "seriam medidas de repercussão muito grande".

"Ele está convencido de que isso não pode continuar. Ele disse que vai haver sindicância rigorosa, mas que até mesmo antes do desdobramento maior da sindicância vai tomar medidas, que, segundo ele, vão tranquilizar a nação, principalmente numa hora como essa, que se está temendo até pela instabilidade das instituições".

Garibaldi considerou inadmissível as escutas clandestinas. "Na hora em que se grampeia o telefone do presidente do STF e se publica o diálogo, e se diz que grampeou parlamentares e o presidente do Senado, isso não pode continuar, é inadmissível".

Os senadores Demóstenes Torres e Tião Viana (PT-AC), o vice-presidente José Alencar, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, também estiveram no encontro de Lula com Garibaldi.

O Congresso Nacional, segundo seu presidente, vai aguardar o anúncio das medidas do governo, para aprovar com urgência o projeto de lei que trata dos grampos telefônicos. O senador disse que quer saber se há algum servidor da instituição envolvido com as escutas clandestinas.

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