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Uma adolescente gaúcha de 16 anos foi mantida em cárcere privado em um quarto escuro nos últimos cinco meses pelo namorado. O crime ocorria dentro de uma casa na Rua Miguel Porfírio, no bairro Santa Angelina, em São Carlos (a 231 km de São Paulo). O caso só foi descoberto na noite deste sábado (28) porque o pedreiro Sezesfredo Ribeiro, de 32 anos, que a mantinha trancada, resolveu assassiná-la em uma mata ao lado da faculdade da Universidade de São Paulo (USP) e chamou a atenção dos seguranças do campus.

O pedreiro retirou a menina da casa depois de muitas semanas sem deixar ela sequer olhar o movimento da rua. Ela só saia do quarto para ir ao banheiro. Armado com um pedaço de ferro ele a avisou que a mataria, mas, segundo a jovem declarou à polícia, não disse o motivo. A menina gritou e foi ouvida por um vigia da USP que chamou a Polícia Militar. O pedreiro fugiu e deixou a garota na mata. Até as 20h deste sábado, ele não havia sido encontrado.

A conselheira tutelar Créria Marques da Silva, que acompanha o caso, disse que a jovem está em estado de choque e mantida isolada em um abrigo de São Carlos. O relacionamento com o consentimento dos pais começou em Porto Alegre.

"Ele se mostrava ser bom moço e dizia se chamar José Roberto", conta a conselheira lembrando que a menina sempre ligava para os familiares, mas não denunciava o cárcere porque ele ameaçava matar a sua irmã.

As agressões começaram quando o casal se mudou para São Carlos. "Ela disse que apanhava todo os dias", conta Créria. A jovem de 16 anos perdeu a dimensão de tempo e apresenta marcas de violência no corpo. A conselheira diz que o pedreiro estaria procurado pela polícia gaúcha, mas ela não soube informar por qual motivo. A menina está sendo acompanhada por uma psicóloga. A família deve vir à cidade buscá-la.

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