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A Liga das Escolas de Samba de São Paulo confirmou nesta noite que a Gaviões da Fiel perderá quatro pontos. A escola será penalizada por terminar o desfile com um minuto e dez segundos de atraso e por não ter escondido a marca dos geradores usados nos carros alegóricos. Segundo o regulamento, é proibido qualquer tipo de merchandising.

O presidente da Gaviões da Fiel, Wellington da Rocha Junior, afirma que a decisão é injusta e que a escola pensa em deixar o carnaval paulistano.

- O carnaval de São Paulo é uma mentira. As regras não valem para todos. Todas as escolas fora avisadas de que deveriam esconder a marca dos geradores, menos a Gaviões. Vamos reunir o conselho para decidir se continuamos no carnaval de São Paulo - afirma Rocha Junior.

Ele afirma que a escola concorda em perder os pontos pelo atraso, mas não os dois pontos por merchandising.

- Só seria merchandising se a escola tivesse recebido por isso. As marcas dos pneus usados nos carros alegóricos e dos instrumentos não podem ser escondidas e não são consideradas merchandising. Por que a marca dos geradores é?-argumenta.

De acordo com Rocha Junior, a escola investiu R$ 2 milhões no desfile.

- Estamos nos perguntando se vale investir tanto para ficar em um grupo que não nos quer - diz.

Segundo ele, a escola ainda investiu R$ 80 mil em advogados durante o ano de 2005 para garantir sua presença dentro do grupo especial.

- Foi uma batalha jurídica durante todo o ano. Com a liminar que nos foi dada, a Mancha Verde também teria o direito adquirido de participar do grupo especial, mas não conseguiu. As regras não são para todos - reafirmou o presidente da Gaviões.

Ele diz ainda que Gaviões pode pedir uma investigação do Ministério Público sobre a aplicação dos recursos repassados pelo município, que é de R$ 500 mil, por todas as escolas do grupo especial.

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