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O avião que transportou o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e a primeira-dama, Laura Bush, chegou às 20h04 desta quinta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Nesta quinta-feira, diversas cidades brasileiras receberam manifestações contra a visita de Bush.

Um forte esquema de segurança foi montado para a vinda de Bush. Sua comitiva vai se deslocar pela cidade em 50 carros - entre eles, limusines blindadas que vieram dos Estados Unidos.

Até o último momento, o trajeto escolhido até a chegada ao hotel onde Bush ficará, na Zona Sul de São Paulo, foi mantido em sigilo. À tarde, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que havia duas opções de caminho.

Em São Paulo, quase 10 mil manifestante fecharam a Avenida Paulista, na Zona Sul da cidade, durante a tarde. Houve confronto com a PM, que impediu a tomada total das duas pistas da avenida com gás lacrimogênio, gás pimenta e cassetetes.

A viagem ao Brasil é apenas a primeira parada de Bush em um tour de seis dias pela América Latina.

Álcool

O principal motivo da visita de Bush é discutir a formação de uma mercado global de etanol, o álcool combustível. Brasil e Estados Unidos são os maiores produtores de álcool do mundo, sendo responsáveis por 35 bilhões dos 50 bilhões de litros gerados no mundo. Para empresários do setor que querem vender álcool no mercado internacional, é importante que Brasil e EUA se unam para criar regras de preço e qualidade para o produto - assim, aumentam as garantias de compradores de vendedores de etanol.

Bush também tem interesses políticos, além dos comerciais. Segundo especialistas, o líder norte-americano quer deter o avanço da influência do venezuelano Hugo Chávez nas nações vizinhas e reduzir a dependência americana dos países do Oriente Médio que exportam petróleo. Ao contrário do Brasil, que já substibuiu 45% de suas necessidades de gasolina pelo álcool, o etanol tem muito mercado para conquistar nos EUA, que só substitui 3% da gasolina por combustível renovável.

Já o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está mais interessado em parcerias com os norte-americanos na área comercial - o que incluiria, além da formação de um mercado mundial de etanol (o álcool combustível brasileiro), a reabertura das negociações comerciais mundiais (a chamada rodada Doha).

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