O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, confirmou nesta sexta-feira (17) que vai à audiência da Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado. O colegiado aprovou requerimento de convite a Carvalho, para que ele preste esclarecimentos a respeito de denúncias de que a pasta que comanda teria conduzido investigação paralela à sindicância realizada pela Casa Civil, a respeito da atuação de Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo. O ministro não é obrigado a comparecer.

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"Acho absolutamente natural que o Senado faça esse convite e vislumbro, nesse convite, uma forma absolutamente tranquila e muito positiva de esclarecer informações", disse Gilberto Carvalho. O requerimento solicitando o depoimento do ministro na Comissão de Meio Ambiente foi apresentado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e aprovado por cinco dos oito parlamentares presentes à sessão. De acordo com o pedido, o ministro terá de dar explicações sobre a suposta interferência, a pedido da presidente Dilma Rousseff, na apuração conduzida pela Casa Civil, conforme reportagem publicada pela revista "Veja".

Segundo a revista, a Secretaria-Geral da Presidência teria solicitado documentos levantados pela Casa Civil e tentado interferir na sindicância. Rosemary Noronha, amiga próxima do ex-presidente Lula, foi afastada do escritório após a deflagração da operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Ela é acusada de usar o cargo para tráfico de influência e enriquecimento ilícito. Rosemary foi investigada pela Operação Porto Seguro.

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Ele informou, durante cerimônia da nova Diretoria do Conselho Nacional da Juventude nesta sexta-feira, que a data de sua presença na comissão ainda será marcada. Segundo ele, o convite foi "democrático", mas a informação veiculada pela revista Veja é "falsa". "O órgão de acompanhamento da Secretaria-Geral apenas cumpriu seu papel de correição, exatamente de zelar para que o processo instalado corretamente na Casa Civil fosse feito de modo a não oferecer alternativas que depois pudesse ser contestado na Justiça", explicou. "Foi essa a nossa única e exclusiva preocupação", completou.