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O governador Sérgio Cabral pediu ao secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, a apresentação, em dez dias, de um plano para recuperar os hospitais da rede pública estadual. Na manhã desta quinta-feira Cabral visitou mais três unidades : o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião; o Hospital de Ortopedia Anchieta, no Caju (ambos sucateados por causa de invasões); e o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O governador anunciou após as visitas que convocará os médicos do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) para um mutirão de cirurgias ortopédicas.

Cabral convocou para a tarde desta quinta uma reunião urgente entre representantes da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP) e da secretaria de Saúde, para traçar um plano de ação de obras emergenciais de recuperação dos hospitais públicos do estado. Em "curtíssimo prazo" o governador quer que o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, e o presidente da EMOP, Ícaro Moreno Jr., apresentem um relatório para o início das intervenções.

Na reunião serão avaliadas as condições dos hospitais já inspecionados (Alberto Schwaitzer; São Sebastião, Anchieta e Getúlio Vargas) e de toda a rede hospitalar do estado, verificando-se se há obras em andamento e as razões das paralisações em algumas unidades. Um estudo preliminar revela que obras deveriam estar sendo executadas em pelo menos sete hospitais do estado.

Pacientes fazem queixas

Cabral voltou a classificar como caótica a situação da rede pública de Saúde. No instituto de infectologia o governador se deparou com o estado de destruição da unidade: cerca de 500 funcionários atendem a apenas nove pacientes. Os demais já tinham sido transferidos por conta de obras que não terminam.

No vizinho Hospital Anchieta, mais problema: só o ambulatório funciona, de modo precário. E na última etapa da vistoria, no Getúlio Vargas, o governador ouviu reclamações de pacientes que esperavam desde a madrugada por atendimento.

- Nós votamos no senhor para que a coisa melhore. Isso é um absurdo - disse a técnica de controle de qualidade Silvana Bonfim, que torceu o braço, chegou ao hospital de madrugada e depois de quatro horas e meia ainda não tinha sido atendida.

Visitas começaram em Realengo

Na véspera Cabral fez uma vistoria no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo. E classificou de genocídio o atendimento prestado pelo hospital à população. A Secretaria de Saúde vai pedir uma vistoria do Ministério Público no Albert Schweitzer para investigar quem são os responsáveis pela situação do hospital.

Nesta quinta teve início um mutirão do Corpo de Bombeiros para arrumar o almoxarifado do hospital. De acordo com o coronel Roni Azavedo, relações-públicas da corporação, os bombeiros também realizarão limpeza e pequenos reparos, como conserto de goteiras e de defeitos na parte elétrica. Cerca de 20 homens, a maioria lotada no Centro de Suprimento de Material dos bombeiros, participarão do mutirão.

O Albert Schweitzer, que recebeu na quarta quatro toneladas de medicamentos do Ministério da Saúde e tem histórico de obras inacabadas, foi a primeira unidade visitada pelo novo governador.

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