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Está escrita a carta de renúncia do governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM). Depois de uma rodada de negociações políticas no fim de semana, ele não conseguiu reunir apoio para formar um governo de coalizão - não contou nem sequer com o amparo institucional das principais lideranças do DEM nacional

Paulo Octávio redigiu a carta de renúncia no feriado do carnaval e até já mostrou o texto a alguns políticos de Brasília. Nesta quinta-feira (18), segundo assessores do governador, ele deve ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem comunicará a decisão de deixar o cargo.

A comunicação formal da renúncia, que deve ser feita em um movimento político combinado com o governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), vai abrir uma negociação em torno da linha sucessória no DF. É provável que o presidente e o vice da Câmara Legislativa desistam de assumir o governo local. Nesse caso, assumiria o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), que organizaria a eleição indireta na Câmara Legislativa para escolher o novo governador.

O encontro de Paulo Octávio com Lula, previsto para esta quinta-feira, é a segunda tentativa de estar com o presidente. Na quarta, Lula evitou dar sinais de que trabalha pela sustentação política do governador interino. O Palácio do Planalto não pretende se associar ao escândalo do "mensalão do DEM". Para evitar desgastes desnecessários, o governo vai se manter neutro, à espera da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará um pedido do Ministério Público (MP) de intervenção federal.

Na quinta-feira da semana passada (11), Arruda foi preso por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de tentar subornar testemunha no inquérito aberto a partir da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). A investigação apontou um suposto esquema de desvio de dinheiro público.

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