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O governador Beto Richa (PSDB) negou ontem que tenha havido má-fé nas duas gafes ocorridas na última quinta-feira durante a sessão de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Paraná. Primeiro, o governador citou em seu discurso números incompletos sobre a geração de empregos no Paraná, o que fez parecer que seu governo teve melhores resultados do que as administrações de Roberto Requião e Orlando Pessuti, ambos do PMDB. Depois, o jingle da campanha de Richa para o governo do estado em 2010 foi executado pela cantora contratada pelo cerimonial da Assembleia. O fato gerou criticas da oposição, que acusou o governo de fazer promoção pessoal em espaço público.

Ontem, o governador negou responsabilidade em ambos os episódios. Em relação à estatística de empregos, Richa disse ter sido levado ao erro pelo relatório enviado pela Secretaria do Trabalho. "Jamais apresentaria de caso pensado um número impreciso. Aconteceu e eu cobrei da secretaria que divulgasse os números exatos", disse.

Ao fazer o balanço do primeiro ano de sua gestão, o governador levou em conta a geração de empregos no período de janeiro a novembro de 2011, sem contar com o decréscimo em dezembro. Richa comemorou a criação de 157 mil empregos com carteira assinada e afirmou se tratar de um "recorde histórico".

Porém, se incluídos todos os meses do ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho, o estado gerou 123.916 empregos com carteira assinada em 2011. Número inferior às 153.805 vagas criadas em 2010 – último ano da gestão peemedebista.

O secretário de Estado do Trabalho, Luiz Cláudio Ro­­manelli (PMDB), assumiu a responsabilidade por não alertar o governador sobre a divulgação dos números de dezembro e sobre o saldo anual de empregos divulgados pelo Caged.

Jingle

O governador também co­­men­­­tou a polêmica execução do jingle da campanha usado na eleição de 2010, ao fim da sessão solene da Assembleia. Disse que as críticas são "in­­justas", pois a iniciativa não teria partido dele e reafirmou a versão do cerimonial da Assembleia de que a ideia de cantar a música foi da cantora Marise Farias. "Me informaram que ela quis fazer uma homenagem a mim, mas escolheu hora e local inadequados", afirmou Richa.

O governador disse que ficou constrangido com o episódio. "Na hora que eu ouvi, cutuquei o presidente da Assembleia e perguntei: ‘O que está acontecendo?’ Achei descabida [a homenagem], mas também não podemos condenar a cantora", afirmou.

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