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Acabou pouco antes das 19h a reunião entre os governadores Sérgio Cabral, do Rio, José Serra, de São Paulo, Aécio Neves, de Minas Gerais, e Paulo Hartung, do Espírito Santo, no Palácio Laranjeiras, no Rio.

Em entrevista coletiva concedida logo depois da reunião, com a presença do prefeito Cesar Maia, os quatro governadores do Sudeste apresentaram os pontos discutidos no encontro e divulgaram uma nota conjunta, na qual fazem uma série de reivindicações ao governo federal, sintetizadas em seis ítens: aumento de efetivo da Polícia Federal nos quatro estados e presença das Forças Armadas nas fronteiras para reprimir o tráfico de armas; intensificação e integração dos serviços de informação do governo federal e dos governos estaduais; aumento do efeito da Polícia Rodoviária Federal; suplementação do orçamento federal para área de segurança, cujos valores não podem ser inferiores aos de 2006; recursos da área de segurança isentos de contingenciamento orçamentário: e repasse do Fundo de Segurança Pública para capacitar e treinar policiais dos quatro estados, além de investimentos na polícia técnica.

O encontro dá início aos trabalhos do Gabinete Integrado de Segurança do Sudeste. A idéia é unificar as informações do setor para facilitar o combate ao crime na região mais populosa e rica do país. Em dezembro, os quatro governadores se reuniram, também no Rio, e anunciaram a criação do gabinete. A integração entre as forças policiais é prevista no Plano Nacional de Segurança Pública. O gabinete do Rio foi criado há quase dois anos, mas não estaria funcionando, segundo Sérgio Cabral.

Os governadores de São Paulo e do Espírito Santo falaram ao chegar ao Rio. José Serra pediu o fim dos cortes das verbas federais para a área de segurança.

- No orçamento desse ano, há um diminuição significativa em relação ao ano passado. Nós queremos que o dinheiro desse ano seja igual ao do ano passado - comentou José Serra.

- Para que a gente possa ter uma estrutura articulada de inteligência funcionando no país inteiro, que é a grande ferramenta de combate ao crime organizado e do narcotráfico - disse Paulo Hartung.

Em uma das primeiras ações em conjunto , foi preso, ontem, em Santos, Paulo Cesar de Souza Soares, o Baleia. Ele é acusado de comandar o tráfico de drogas em duas favelas cariocas e suspeito de ter participado da onda de ataques no Rio.

O Ministério da Justiça negou que o orçamento dos fundos de segurança e penitenciário tenham sido menores. De acordo com a assessoria do ministério, no ano passado, foram concedidos alguns créditos extraordinários, o que aumentou o valor total destinado à segurança.

Força Nacional vigiará 19 pontos na divisa do RioA primeira medida do Gabinete será o reforço no patrulhamento nas divisas dos estados. O objetivo é impedir a entrada de armas, drogas e a fuga de bandidos. Dezenove pontos começam a ser vigiados ainda este mês por homens da Força Nacional de Segurança. A Polícia Militar também reforçará o patrulhamento nas vias expressas. Na Linha Vermelha, devem ser feitos dois corredores de policiamento especial.

No fim do ano passado, uma onda de ataques deixou 19 mortos e mais de 20 feridos no Rio. No Espírito Santo, seis ônibus foram queimados por criminosos na região metropolitana de Vitória, desde 29 de dezembro.

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