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A base aliada da presidente Dilma Rousseff conseguiu rejeitar nesta terça-feira (23) um pedido de convocação feito pela oposição para que o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, fosse convocado para falar no plenário da Câmara sobre as denúncias de corrupção em diversos ministérios. Foram 286 votos contra a convocação, 111 a favor e uma abstenção. Apenas 6 dos 30 deputados do PR, partido que se declarou independente do Planalto, votaram pela convocação.

A oposição argumenta que a presença do ministro DA CGU era importante porque é dele o papel de fiscalizar os gastos do governo. "Entendemos que não é só direito, mas é mandamento constitucional a atuação desta casa no sentido de fiscalizar e investigar as denúncias que vieram a público quase que diariamente nos últimos meses", diz o líder do DEM, ACM Neto (BA).

Os governistas criticaram a iniciativa. Para eles, uma comissão temática seria o foro mais adequado para discutir o tema. Hage já foi convidado pela comissão de Turismo, mas pelos termos do requerimento não é obrigado a comparecer. Para os governistas, a oposição desejava apenas gerar constrangimento ao propor a convocação no plenário.

A votação teve ainda um embate entre governistas e oposição sobre o regimento da Casa. O presidente Marco Maia (PT-RS) interpretou que a oposição precisava de maioria absoluta, 257 votos, para conseguir aprovar o requerimento. O líder do DEM protestou. Na visão dele, este tipo de exigência cria um precedente que impedirá a convocação de ministros até em comissões. Maia ficou de analisar o histórico da Casa sobre o tema e tomar uma decisão final. Derrotada, a oposição vai tentar agora marcar para a próxima semana a audiência na comissão de Turismo, mas para isso Hage terá de concordar.

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