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Senado vai instalar CPI para investigar espionagem contra Dilma

O Senado deve instalar nesta terça-feira (3) uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar a espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) no Brasil. A comissão foi criada há mais de um mês, mas só deve ser efetivamente instalada depois das denúncias de que a presidente Dilma Rousseff foi alvo direto das investigações da agência americana.

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Mídia internacional noticia espionagem dos EUA a Dilma

A notícia de que a presidente Dilma Rousseff foi alvo de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos , divulgada pelo "Fantástico", da Rede Globo, foi publicada em vários veículos da mídia internacional, como "The New York Times" (EUA), "The Washington Post" (EUA), "BBC de Londres" (GBR), "The Guardian" (GBR), "Le Monde" (FRA) e "El Universal" (MEX).

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Câmara quer ouvir Cardozo sobre novas denúncias de espionagem

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Nelson Pellegrino (PT-BA), disse nesta segunda-feira (2), por intermédio da assessoria, que deverá convidar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para prestar esclarecimentos sobre as recentes denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, à presidenta Dilma Rousseff e a assessores dela

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O governo brasileiro diz estar "inconformado" e "indignado" com as revelações de que a presidente Dilma Rousseff pode ter sido alvo da espionagem dos EUA. A afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta segunda-feira (2) durante coletiva de imprensa sobre o caso.

Segundo o ministro, a pedido da presidente Dilma, foi solicitado ao governo dos EUA esclarecimentos por escrito sobre as denúncias de monitoramento.

"Estamos falando pelo governo brasileiro e expressamos o que pensa a presidente Dilma. Queremos explicações sobre o fato. Diante dele, manifestamos nosso inconformismo", afirmou o ministro José Eduardo Cardozo.

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, foi convocado nesta manhã para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento dos Estados Unidos de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente Dilma Rousseff e de "assessores chaves". Ele se reuniu no Itamaraty com o ministro de Relações Exteirores, Luiz Alberto Figueiredo, por cerca de meia hora na manhã desta segunda-feira. Ao sair não falou com a imprensa.

"Disse a ele [embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon] da indignação do governo brasileiro sobre os documentos revelados. Ou seja, a violação das comunicações da senhora presidente da republica. Significa uma violação inaceitável", disse Figueiredo, que pediu "prontas explicações formais" sobre os fatos. Apesar de ser feriado nos EUA, Shannon se comprometeu a entrar em contato com a Casa Branca.

Reunião emergencial no Palácio do Planalto

As informações foram reveladas ontem pelo "Fantástico", que teve acesso a uma apresentação feita dentro da própria Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA - sigla em inglês) , em junho de 2012, em caráter confidencial. O documento é mais um dos que foram repassados ao jornalista britânico Glenn Greenwald por Edward Snowden, técnico que trabalhou na agência e hoje está asilado na Rússia.

Hoje mais cedo, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião no Palácio do Planalto, para tratar do tema. Estiveram reunidos com Dilma os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Celso Amorim; da Secretaria-Geral da Presidência de República, Gilberto Carvalho; e das Comunicações, Paulo Bernardo. O ministro de Relações Exteirores, Luiz Alberto Figueiredo, também foi ao Palácio do Planalto, depois de se reunir com Shannon.

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) considerou a espionagem "um absurdo completo". Segundo ele, "não tem nada a ver com segurança nacional [dos EUA]. Isso é arapongagem para obter vantagem nas negociações comerciais e industriais", afirmou o ministro.

Dilma foi espionada pelos Estado Unidos, diz Fantástico

Os documentos secretos que basearam as denúncias foram obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com o ex-técnico da NSA Edward Snowden. Eles faziam parte de uma apresentação interna para funcionários da agência.

De acordo com o programa, foi monitorada a comunicação entre Dilma e seus assessores, assim como dos assessores entre eles e com terceiros. Também Enrique Peña Nieto, atual presidente mexicano (então líder na campanha presidencial), teria sido espionado.

O documento obtido pelo "Fantástico" mostra que a NSA utilizou programas capazes de capturar inclusive o conteúdo de e-mails.

No caso de Dilma, o objetivo da operação seria o de "melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais assessores".

Os documentos obtidos pelo "Fantástico" mostram uma suposta rede de comunicação de Dilma com assessores, sem nomes legíveis. No caso de Peña Nieto, são apresentados trechos de mensagens trocadas pelo então candidato.

Não foram exibidos exemplos de conteúdo interceptado na comunicação de Dilma.

Na última página da apresentação, segundo a reportagem, está a conclusão de que o método de espionagem usado pela NSA é "uma filtragem simples e eficiente que permite obter dados que não estão disponíveis de outra forma e que pode ser repetida".

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