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Uma reunião na próxima segunda-feira entre a cúpula do governo do Paraná irá definir quando e de que forma deverá ser pago o reajuste salarial de 5% ao funcionalismo público estadual. Pela lei, o governo tem até é o dia 1.º de junho para fazer o repasse. Porém, como em anos anteriores, o Executivo alega a possibilidade de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao ultrapassar a proporção de gasto com salários em relação a receita, para prorrogar o reajuste. Os dirigentes dos sindicatos que representam a categoria prometem endurecer na negociação, mas a definição deverá mesmo partir das decisões políticas e econômicas do governo estadual.

O reajuste de 5% vale para todos os 252,5 mil servidores estaduais – da ativa, aposentados e pensionistas. Segundo o governo, o impacto mensal na folha de pagamento do Executivo será de R$ 67,7 milhões. Atualmente, o governo estadual gasta com pessoal cerca de R$ 680 milhões por mês. A promessa de definição do aumento na próxima segunda foi reafirmada ontem pela diretora-geral da Secretaria de Administração e da Previdência, Regina Gubert, em uma reunião com representantes do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.

Para ela, a folha de pagamento do governo terá um acréscimo de R$ 4 milhões por mês a partir de maio por causa da contratação de 1.321 concursados na área da educação. "O crescimento das despesas com pessoal não se dá só com reajustes. É preciso considerar também os ingressos de servidores, que são essenciais", falou Regina Gubert à agência de notícias do governo.

Desconfiança

Uma das coordenadoras do fórum dos servidores, que reúne representantes de diversos sindicatos de funcionários do governo estadual, Elaine Rodella, afirmou que existe a desconfiança de que o governo tentará de novo prorrogar o repasse do reajuste. Porém, ela diz acreditar que haverá resistência para essa proposta. "Está se mostrando de novo que vai atrasar (o reajuste). Mas nós não vamos aceitar o atraso."

Por enquanto, os sindicalistas não falam em greve, mas prometem marcar uma plenária estadual após a definição do governo estadual para decidir qual será a reação do fórum em relação a proposta que será apresentada. Paralelamente, os sindicalistas também tentam uma reunião direta com o próprio governador Orlando Pessuti (PMDB) para pressionar pelo cumprimento da data-base.

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