Hospital de Guaraqueçaba em 2006, ano em que a obra deveria ter sido entregue| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Estado está em busca de mais empreiteiras

A TV Educativa tem divulgando uma mensagem em que o governador Roberto Requião pede para que empresas entrem no cadastro de fornecedores do governo. Em sua fala, Requião destaca o crescimento do estado e a necessidade de novos fornecedores. A mensagem do governador parece estar em sintonia com a situação descrita ontem pelo secretário para Assuntos Rodoviários, Rogério Tizzot, durante a reunião com os deputados da Comissão de Fiscalização. "O que eu percebo é que há um grande número de obras, mas houve uma redução no número de empresas que disputam licitação porque muitas já estão ocupadas", comentou. Apenas a Secretaria de Obras e a Secretaria de Desesnvolvimento Urbano administram ou fiscalizam hoje 1.176 obras. (CO)

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O secretário de Assuntos Rodoviários, Rogério Tizzot, e a diretora de operações da Paranacidade – ligada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu) – , Miriam Kravchychyn, participaram ontem de uma reunião com os deputados da Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre problemas de atraso e de baixa qualidade em obras do estado. O secretário de Obras Públicas, Júlio Araújo Filho, não pôde comparecer à reunião.

Atualmente, 64 construções da Secretaria de Obras Públicas (Seop) estão paralisadas. O número corresponde a 9,5% do total de projetos contratados ou fiscalizados pela pasta e não inclui obras de pavimentação – que são feitas pela Secretaria de Transportes – e edificações sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedu).

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Entre os projetos paralisados há obras importantes para o atendimento da população, como a ampliação dos hospitais da Zona Sul e da Zona Norte de Londrina e a construção do Hospital Regional de Guaraqueçaba, no litoral do estado. As três construções, que são administradas pela Secretaria de Obras, passam por uma disputa judicial entre as empreiteiras e o estado. No caso de Londrina, já houve rescisão do contrato e uma nova licitação deve ser feita em 30 dias, mas ainda não há previsão para conclusão das obras.

Já as obras do Hospital de Guaraqueçaba estão paradas desde meados de 2007. O prédio deveria ter sido entregue em junho de 2006, mas passa por um processo de rescisão contratual e ainda não há previsão para o término da construção.

O presidente da Comissão de Fiscalização, o deputado Artagão Júnior (PMDB), disse que as investigações foram motivadas por denúncias de moradores de diversas regiões do estado. "Nós recebemos denúncias de aproximadamente 20 situações de obras que têm algum tipo de problema, mas não vamos dizer quais são antes de ter um posicionamento das secretarias", afirmou. Para conseguir esse posicionamento, a Comissão enviou um pedido de informações para as pastas estaduais, o qual deverá ser respondido em até sete dias.

Artagão afirmou que a intenção é saber qual o motivo da suspensão das obras e buscar punições para as empreiteiras que param as atividades antes de concluir seu trabalho. Durante a reunião, o deputado também lançou a idéia da criação de um cadastro informatizado com dados das empresas que tiveram problemas para o cumprimento dos contratos com o governo.

Deterioração

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Além de analisar trabalhos paralisados, a Comissão de Fiscalização também vai investigar denúncias de rápida deterioração de obras, principalmente de estradas. Rogério Tizzot afirmou na reunião que há casos em que o curto tempo de conservação da estrada já é esperado. "Obras de manutenção são programas para ter uma duração de um a dois anos. Aplicamos operações tapa-buracos nas vias de baixo fluxo porque não há justificativa técnica para um investimentos alto nessas estradas", afirmou o secretário.