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A reunião entre o governador do Rio, Sérgio Cabral, e os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Defesa, Waldir Pires, nesta segunda-feira, no Palácio Laranjeiras, durou uma hora e foi concluída com um compromisso do governo federal de responder em até 15 dias sobre o envivo das Forças Armadas para o combate ao crime no estado. O governador informou que foram apresentadas as demandas do estado aos ministros e aos chefes militares - Enzo Peri (Exército), Juniti Saito (Aeronáutica) e Júlio de Moura Neto (Marinha). Ainda nesta semana será entregue a Waldir Pires um documento oficial com o pedido do governo estadual para que as Forças Armadas auxiliem as polícias Civil e Militar. Dentro do prazo combinado o governo federal dirá se realmente é possível dar a ajuda e como ela será feita.

O ministro da Defesa disse que vai analisar o pedido do Rio de acordo com as leis e também com as regras das Forças Armadas. Mas adiantou que tanto ele quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apóiam a iniciativa do governo do Rio de pedir ajuda às tropas militares.

- É perfeitamente possível desde que determinada pelo presidente, datada, pontual e acordada - afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro, após a reunião, sobre o envio das tropas.

Na reunião, que teve a participação também dos secretários nacional e estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Côrrea e José Mariano Beltrame, ficou definido que será antecipada a chegada de homens da Força Nacional de Segurança (FNS) . Dentro de 15 dias, 400 à cidade e no começo de julho, o restante. Ao todo serão seis mil homens para o Pan. Outro reforço na segurança será a chegada, em dez dias, de 200 ou 300 homens da Polícia Rodoviária Federal.

Na quinta-feira passada, em Brasília, Lula determinara que os comandos das três Forças Armadas colaborassem com o estado para a garantia da segurança pública. No entanto, o presidente não tomara decisão sobre o envio de tropas.

Cabral já tinha entregue a Lula , há duas semanas, um pedido formal para envio das Forças Armadas ao estado.

Sugestão de uso de militares pedido em velório

A sugestão do uso de militares no Rio foi feita por Cabral durante o sepultamento do policial militar Guaraci de Oliveira da Costa, que trabalhava na segurança da família do governador. O governador quer também aumentar o número de agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) nas ruas - atualmente, 600 homens da FNS estão no Rio ajudando a patrulhar as rodovias.

Cabral alega que as polícias Militar e Civil não contam com efetivo suficiente para, sozinhas, combaterem a criminalidade. De acordo com ele, o estado tem 38 mil policiais militares e 10.500 policiais civis para uma população de 15 milhões de habitantes e cerca seis milhões de visitantes anuais. Segundo fontes, a permanência dos militares no estado poderá chegar a um ano.

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