O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, admitiu nesta segunda-feira (16) que o governo vai adiar a entrada em vigor do decreto que determina o registro e o compromisso de recuperação da reserva legal, que deveria começar a valer a partir de 11 de dezembro.

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[O prazo] Vai ser ampliado. Para quando ainda não está definido, disse Minc. Perguntado sobre a nova data, o ministro evitou dar detalhes e disse que a decisão cabe exclusivamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Publicado originalmente em julho de 2008, o Decreto 6.514, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, já teve o prazo adiado uma vez, de janeiro para dezembro deste ano.

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Além da prorrogação do decreto, Lula deve anunciar nos próximos dias outras mudanças na legislação ambiental, discutidas entre os ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Casa Civil.

O adiamento da aplicação de sanções a proprietários que desmataram mais que o permitido em suas propriedades atende reivindicação de ruralistas, que argumentavam que a regra poderia colocar milhões de produtores rurais na ilegalidade.

Apesar da derrota ambientalista com o adiamento do decreto, Minc disse que três "pesadelos da área ambiental" não correm risco de se tornar realidade. São três pesadelos básicos: a anistia para quem desmatou ilegalmente, a tentativa de acabar com a reserva legal e a regionalização total das normas ambientais, como aconteceu em Santa Catarina. Isso não vai acontecer, afirmou.

O ministro afirmou que não houve necessariamente um acordo entre ruralistas e ambientalistas sobre as medidas que o governo vai anunciar. Vai haver uma posição de governo, que nunca é completamente [favorável] para para um lado ou para o outro, ponderou. Apesar da falta de consenso, Minc garantiu que não haverá relaxamento da legislação ambiental com as mudanças. Não vai ser um liberou geral, comentou.

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