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Lula decide futuro de ministro nesta terça

O futuro do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, vai ser decidido em audiência com Lula nesta terça-feira, quando será feita uma avaliação dos desdobramentos políticos das revelações contidas no relatório da Operação Navalha, da Polícia Federal, que o acusa de ter recebido propina de R$ 100 mil da Gautama, empreiteira que operava o esquema de desvio de verbas públicas.

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A Federação Nacional dos Policiais Federais e outras entidades da categoria anunciaram uma paralisação de 72 horas, em todo o país, a partir desta terça-feira (22). Até quinta-feira (24), policiais só devem trabalhar em serviços considerados essenciais, como os flagrantes e a custódia de presos.

A emissão de passaportes e outros documentos foi suspensa - só serão atendidos casos de urgência. As investigações também devem ser prejudicadas.

Os policiais estão em estado de greve desde fevereiro. Eles pedem o pagamento de um reajuste de 30%, que representa a segunda parcela do aumento de 60% prometido no ano passado.

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Octávio Brandão, avisou que a perícia do material apreendido na Operação Navalha (que desarticulou um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos de obras públicas) pode atrasar. "A perícia andará a passos lentos nas próximas 72 horas", disse. Já o presidente da federação dos policiais, Marcos Vinício Wink, procurou afastar a possibilidade de prejuízo. "Investigações que correm contra prazos não serão afetadas", afirmou.

Em São Paulo, mais de 300 pessoas que estavam em uma fila na Superintedência da PF se revoltaram. O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf/SP), Francisco Carlos Sabino, disse que idosos e crianças de colo serão atendidos e que serão distribuídas senhas para 100 casos de urgência. Ele afirmou que o atendimento deve voltar ao normal na sexta-feira (25).

No Rio de Janeiro, além da suspensão dos serviços, deve haver operação-padrão no aeroporto Tom Jobim, segundo o presidente do sindicato dos policiais, Telmo Correa Pereira dos Reis. Nessas ocasiões, agentes vistoriam a documentação e bagagem de todos os passageiros, provocando lentidão no atendimento. Até as 10h desta terça, o embarque ocorria normalmente.

Os policiais também confirmaram a paralisação em Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). No Paraná, os cerca de 600 agentes das sete delegacias da PF no estado devem permanecer de braços cruzados até quinta-feira. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef/PR), Silvio Jardim, diz que o efetivo nos aeroportos será reduzido. Estado de greve

Na segunda-feira (21), os policiais participaram da terceira reunião de negociação com representantes do governo, mas não chegaram a acordo. O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Sandro Torres Avelar, disse à Agência Brasil que o governo quer repassar o reajuste em duas parcelas, em março de 2008 e março de 2009. Os policiais, porém, querem que a primeira parcela seja paga em 2007.

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