Um acordo assinado nesta quinta-feira (23) entre a Advocacia Geral da União (AGU) e o Grupo OK vai render aos cofres públicos, em um primeiro momento, R$ 80 milhões. E, para garantir que o resto dos recursos desviados na construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo seja revertido para o erário, a AGU manterá penhorados 1.255 imóveis do ex-senador Luiz Estevão, dono do grupo empresarial.
O valor dos imóveis equivale a 150% do que Luiz Estevão deve à União. O acordo entre a AGU e o Grupo OK tem o aval do Tribunal de Contas da União (TCU), do Ministério Público e da Justiça do Trabalho. Segundo a AGU, este é o maior caso de recuperação de recursos desviados em crime de corrupção.
Em razão dos desvios no TRT na década de 1990, Luiz Estevão foi condenado em junho pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a 31 anos de prisão, pelos crimes de peculato, estelionato, corrupção, uso de documento falso e formação de quadrilha.
Os empresários José Eduardo Correa Teixeira de Ferraz e Fábio Monteiro de Barros Filho, ex-sócios da construtora Incal, que teriam desviado verba pública destinada à obra, também foram julgados. Ferraz foi condenado a 27 anos e Barros Filho, a 32 anos de prisão - todos em regime inicial fechado.
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