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“Fux, na entrevista que concedeu, demonstra que nada houve de irregular.” Roberto Gurgel, procurador-geral da República | Fellipe Sampaio/STF
“Fux, na entrevista que concedeu, demonstra que nada houve de irregular.” Roberto Gurgel, procurador-geral da República| Foto: Fellipe Sampaio/STF

Julgamento

Promotoria vai pedir a perda de mandato dos mensaleiros condenados

Agência Estado

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que vai pedir ao STF que decrete a imediata perda dos mandatos dos condenados no processo do mensalão. A medida atingiria os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-RS) e Pedro Henry (PP-MT). No caso do prefeito de Jandaia do Sul (no Norte do Paraná), José Borba (PP), já há precedentes da perda imediata de mandato.

Além da perda de mandato, Gurgel disse que também pedirá a prisão imediata dos mensaleiros. Se a corte optar por esperar o julgamento de eventuais recursos para depois tomar as medidas restritivas, Gurgel acredita que os condenados só serão punidos em 2014.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, saiu em defesa ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que confessou ter feito lobby para conseguir ser indicado para uma vaga no Supremo. Em entrevista à Folha de S.Paulo publicada no domingo, Fux disse que chegou a procurar o ex-ministro José Dirceu, já réu no processo do mensalão, para tentar viabilizar a sua indicação ao STF. Para Gurgel, não houve "nada irregular" nesses contatos.

O procurador-geral ligou a informação ao que chamou de campanha de desmoralização do Supremo e do Ministério Público, patrocinada por "inconformados com o resultado do julgamento", que teria ainda tentado incluir o nome dele no relatório da CPI do Cachoeira. "Fux, na entrevista que concedeu, demonstra que nada houve de irregular", afirmou Gurgel.

Em meio à análise do processo do mensalão, no qual tem sido implacável com os réus, os encontros com os petistas foram se espalhando no PT e na comunidade jurídica. Gurgel, porém, minimizou as articulações de Fux e elogiou sua atuação no cargo, que ele ocupa desde 2011, quando foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff.

Questionado se o episódio teria relações com retaliações do PT, o procurador concordou. "Teremos ainda, mesmo após a conclusão do julgamento, algumas tentativas de desmoralização de pessoas do Supremo e do Ministério Público", afirmou.

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