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Mais ousadia

"Temos que aprender a romper essa crônica timidez do estado e ser mais ousados. Soltar a nossa voz para fora do Paraná", Gustavo Fruet

O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) fez um balanço positivo da sua participação na eleição para presidente da Câmara Federal. Fruet não passou para o 2º turno da eleição, vencida por Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa contra Aldo Rebelo (PC do B-SP). Mesmo assim, o paranaense comemorou algumas vitórias durante o processo eleitoral.

"Em duas semanas a minha candidatura deu outro dinâmica à eleição. Teve debate público entre os candidatos, proporcionamos um acompanhamento da sociedade sobre a eleição que nunca houve. Além disso, a candidatura fez com que os adversários mudassem alguns pontos das suas candidaturas", afirmou o deputado por telefone.

Para Fruet, duas questões também ficaram bastante claras durante a eleição. "As brigas entre a base do governo ficaram muito fortes. Uma briga autofágica. Também ficou claro o quadro de dependência da eleição da Câmara com o Legislativo. Mais uma vez o governo espera a eleição para fazer a nomeação de cargos. Compensar os derrotados e premiar os aliados", criticou.

Segundo o deputado, a sua candidatura foi lançada pela possibilidade de vitória que surgiu com o racha na base aliada. "A diferença de finalidade da candidatura é que a minha obrigação nunca foi com a vitória, o meu compromisso é não ser omisso. O governo tem muita força, mas a nossa candidatura colocou insegurança na base aliada. No 1º turno conseguimos unidade no PSDB e também colocamos o Paraná em evidência no mapa político nacional", comemorou o deputado federal.

A eleição dos paranaenses Osmar Serraglio, deputado federal (PMDB), para 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal, e do senador Álvaro Dias (PSDB), para 2º vice-presidente da Mesa do Senado, também foi destacada por Gustavo Fruet. "São dois cargos importantes para o Paraná. O estado acaba tendo uma exposição maior que não tinha."

Fruet lamentou não ter conseguido todo o apoio do partido no Paraná, para a sua candidatura. "A disputa regional fez com que não tivéssemos unidade, mas o saldo foi positivo. Tive bastante apoio do povo do Paraná e isso me deixou emocionado. Agradeço publicamente aos deputados paranaenses do PSDB, PFL e PPS".

De acordo com Fruet a eleição de Chinaglia pode gerar mais crise no governo. "Só o tempo vai dizer, mas o presidente da Câmara vai ter que administrar a fissura que surgiu com a eleição. Eu tenho a responsabilidade de assumir um papel de fiscalização dos trabalhos da Câmara, por tudo o que a minha candidatura propôs", afirmou o deputado paranaense.

Oposição

O parlamentar ainda não sabe como será a oposição ao governo Lula daqui para frente, mas afirma que ela precisa existir. "O PSDB e o PFL precisam assumir de vez o papel de oposição ou vão pagar por isso e a história vai cobrar caro. A oposição não é para desestabilizar o governo é para fazer um contraponto na política brasileira. Ainda não sei como será essa oposição."

De acordo com Gustavo Fruet, o Paraná precisa quebrar as fronteiras regionais na política. "Temos que aprender a romper essa crônica timidez do estado e ser mais ousados. Soltar a nossa voz para fora do Paraná. Agradeço ao estado pelo apoio que recebi", definiu Fruet.

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