O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que há um "jogo de empurra" entre a Câmara e o Senado na decisão sobre voto aberto para cassações. Alves reafirmou que não colocará na pauta mais nenhum processo do tipo com votação secreta.
O tema volta a ser debatido diante da retomada do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Quatro deputados estão entre os condenados, João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Alves disse que vai cumprir o "texto constitucional", o que significa levar a plenário a decisão, diferente do que definiu o STF, de que só cabe à Câmara decretar a perda de mandato.
A Câmara aprovou uma proposta prevendo voto aberto em todos os casos deixando para depois a análise de outra proposta que só abria voto no caso de cassações. No Senado, porém, o voto aberto para tudo encontra resistências e a proposta ainda está em debate. Alves disse que discutirá com os líderes a proposta de voto aberto apenas para cassações, mas reconheceu o impasse político. "A Câmara está esperando o Senado votar e o Senado está esperando a Câmara. Está um jogo de empurra", afirmou.
- Deputados investem em novo texto do voto aberto
- Renan e Henrique Alves querem fim do voto secreto só nas cassações
- Deputados aprovam fim do voto secreto somente para cassações
- Renan pede mais tempo para Senado discutir voto aberto
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast