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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta semana que a auditoria nas contas do sistema municipal de transporte deve demorar cerca de quatro meses.

O trabalho será feito pela consultoria Ernst & Young, contratada por R$ 4 milhões para analisar todos os contratos da prefeitura com as empresas de ônibus e fornecedores.

O objetivo é levantar precisamente custos com frota, funcionários e insumos (como combustível e pneus), por exemplo, e aperfeiçoar o modelo de cálculo da passagem e da tarifa paga às viações.

"A palavra de ordem é transparência, carta branca para verificação independente", disse Haddad.

Pelo contrato, assinado no início do mês, a empresa terá que concluir a auditoria em no máximo 12 meses. A prefeitura já vinha tentando reduzir o prazo pela metade, e agora afirmou que ele poderá ser concluído em meados de julho.

Além de checar a consistência das finanças do transporte, a auditoria servirá de base para a nova licitação do transporte.

Os contratos com as empresas de ônibus venceram em julho do ano passado. A gestão petista chegou a abrir uma licitação, mas cancelou a concorrência por causa dos protestos de junho.

Para evitar a falta de ônibus nas ruas, Haddad assinou contratos emergenciais com as mesmas empresas, com duração de um ano.

A expectativa era lançar nova licitação antes do vencimento dos contratos emergenciais, mas técnicos da prefeitura consideram que não será possível analisar a auditoria e concluir a licitação em julho.

Com isso, será preciso assinar novos contratos emergenciais com as viações, mas o prazo de vigência é incerto.

A situação de indefinição tem causado impactos nas ruas. A frota de ônibus atingiu a maior média de idade dos últimos oito anos e, em fevereiro, 6% dos veículos já haviam ultrapassado o limite de dez anos de vida útil quando, por contrato, deveriam ser aposentados.

As empresas dizem que não estão investindo porque não sabem por quanto tempo continuarão operando. Já a prefeitura afirmou que multa empresas que usam ônibus antigos.

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