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O conselheiro do Tribunal de Contas Rafael Iatauro pediu aposentadoria e vai assumir a chefia da Casa Civil até o fim de março, aceitando o convite feito pelo governador Roberto Requião. O atual secretário chefe da Casa Civil, Caíto Quintana (PMDB) vai se desincompatibilizar do cargo, até o fim de março, para concorrer a deputado estadual. Quintana volta para a Assembléia Legislativa para assumir o resto do mandato.

Iatauro retorna à vida pública, mas desiste de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, já que, assumindo a secretaria, torna-se inelegível a partir de 1.º de abril.

O que o levou a aceitar o cargo no governo e desistir de disputar a eleição?

Foi o honroso convite do governador Roberto Requião e a oportunidade de colaborar com um governo rigoroso com as finanças públicas e transparente em questões políticas. Além disso, é uma rara oportunidade de voltar a atuar no Executivo, onde já militei no passado, e de me envolver com assuntos políticos de interesse do estado, matéria que sempre me deu muita satisfação.

Normalmente, os políticos saem da vida pública para ir para o Tribunal de Contas. O senhor está fazendo o caminho inverso. O TC é uma boa escola para fazer política?

O Tribunal de Contas é uma verdadeira escola de administração pública e um ambiente que permite amplo conhecimento da estrutura política do Estado. Ao analisar receitas, dispêndios públicos, programas de desenvolvimento e ações de governo, não há como não ter visão crítica e analítica das políticas públicas, da capacidade do gestor e dos resultados para a coletividade. Por isso o TC é um espaço de aprendizado político e que dá aos seus membros visão completa das decisões políticas do governante.

O senhor pretende deixar sua candidatura para uma próxima oportunidade?

Na atual conjuntura, preferi aceitar o convite do governador Roberto Requião e transferir eventual candidatura para outra oportunidade. Não posso deixar de aceitar o grande desafio que é chefiar a Casa Civil, órgão estratégico do governo do estado.

Quais as dificuldades que o chefe da Casa Civil terá em um ano eleitoral?

É o período em que se exacerbam as ideologias e em que a democracia é praticada em toda a sua plenitude. A Casa Civil, como órgão de articulação política, entre outras atribuições, tem grande responsabilidade de cumprir as orientações e determinações do governador, realizar trabalho planejado e discutir com as bases todos os encaminhamentos da melhor movimentação política e defesa dos interesses do estado.

O senhor tem um bom relacionamento com o governador. Como fica o diálogo com a oposição?

Realmente, tenho ótimo diálogo com o governador, que atinge, inclusive, o plano familiar. Isso vai facilitar – e muito – minha atuação. O diálogo com a oposição será de respeito, como convém ao regime democrático. Mas não quer dizer aceitação ou subserviência.

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