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“Vamos ter que aguardar como vai se situar essa questão da crise internacional e verificar se o Brasil terá de tomar alguma medida extra.” - Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado | José Cruz/ABr
“Vamos ter que aguardar como vai se situar essa questão da crise internacional e verificar se o Brasil terá de tomar alguma medida extra.” - Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado| Foto: José Cruz/ABr

Brasília - O projeto de resolução que reduz a alíquota do ICMS de importação e o projeto de lei que institui o Fundo de Previdência Comple­­­mentar do Servidor Público Fe­­deral (Funpresp) são as pautas prioritárias do Planalto, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para este primeiro semestre. Jucá minimiza o impacto das eleições municipais no Senado e afirma que a campanha não comprometerá o ritmo das votações na Casa.

Para Jucá, a "eleição municipal não toma tanto o tempo dos senadores". Contudo, ele se movimenta para discutir e aprovar as duas matérias até julho, quando começa a campanha eleitoral. Até o momento, pelo menos três senadores despontam como pré-candidatos a prefeitos das capitais de seus estados: Flexa Ribeiro (PSDB-PA), deve disputar em Belém; Demóstenes Torres (DEM-GO), em Goiânia; e Eduardo Braga (PMDB-AM), em Manaus.

O governo contava com a aprovação da nova alíquota do ICMS sobre operações interestaduais com produtos importados em dezembro, mas a votação acabou adiada por pressão das bancadas do Espírito Santo e deSanta Catarina. Já a previdência complementar dos servidores – que também seria apreciada em dezembro – aguarda votação no plenário da Câmara, antes de seguir ao Senado.

O governo vê a redução da alíquota do ICMS de importação como ferramenta de combate à guerra fiscal entre os estados, que prejudica a indústria nacional. Mas senadores do Espírito Santo e de Santa Catarina sustentam que a medida acarretará prejuízos aos seus estados, que concedem atrativos fiscais às mercadorias que entram no país por meio de seus respectivos portos.

Em dezembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comprometeu-se com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a analisar a criação de um mecanismo de compensação para ambos os estados. Segundo Casagrande, o prejuízo estimado para o Espírito Santo é de R$ 950 milhões.

A Fazenda analisa fixar a alíquota do ICMS de importação em 4%. Atualmente, os estados cobram 7% ou 12%. O relator do projeto de resolução na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Delcídio Amaral (PT-MS), apresentou parecer propondo redução gradual da alíquota até chegar a 2% em janeiro de 2015.

Fundo de previdência

Contrariando interesse do Pla­­nalto, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), adiou para fevereiro a votação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar para os servidores públicos federais. A votação estava programada para dezembro, mas o petista adiou a análise do projeto.

Em primeiro lugar, Maia queria evitar um acirramento dos ânimos que pudesse respingar na votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorrogou a Desvinculação das Receitas da União (DRU) no Senado – item que era prioritário do governo no Congresso em dezembro. DEM, PSDB, PSOL e PDT ameaçaram obstruir a votação do fundo. De outro lado, a base estava desmobilizada e não havia quórum garantindo a aprovação da matéria.

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