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Nereu Moura: PMDB tende a apoiar Richa em 2014 se ganhar mais espaço no governo | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Nereu Moura: PMDB tende a apoiar Richa em 2014 se ganhar mais espaço no governo| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O anúncio da reforma do secretariado foi adiado mais uma vez pelo governador Beto Richa (PSDB). Em entrevista a rádios e emissoras de televisão de Curitiba, o governador disse "não ter pressa" e que pode esperar até a sexta-feira. Fontes do Palácio Iguaçu afirmam que a única definição que ainda falta é o espaço do PMDB no governo. O partido deve ganhar mais uma secretaria (além da que já tem, a do Trabalho) e a presidência da Sanepar. A indefinição está na pasta e nos nomes para ocupar os cargos.

Richa negou que a reforma tenha por objetivo abrir espaço para aliados em troca de apoio na sua campanha de reeleição em 2014. Disse que as mudanças são "ajustes" na administração. Porém, o deputado estadual Nereu Moura (PMDB) admitiu que, caso a nomeação de quadros do PMDB ocorra, o partido tende a apoiar Richa em 2014. Mas ele disse que essa "dobradinha" ficaria restrita ao plano estadual, já que a sigla está comprometida com a presidente Dilma Rousseff na sucessão presidencial.

Moura confirmou ainda que Richa ofereceu mais uma secretaria ao partido. De acordo com ele, o convite foi aceito, mas a pasta em si ainda não foi definida. Segundo o deputado, o interesse do PMDB é de comandar uma secretaria com influência na gestão do estado. "Queremos uma posição que nos ajude na elaboração de políticas públicas. O PMDB não está atrás de cargos, queremos ser partícipes do governo", disse ele. Especula-se que o partido tem interesse na Secretaria de Planejamento ou de Meio Ambiente.

Além da outra secretaria, o partido também deve conseguir a presidência da Sanepar. Essa questão, entretanto, pode ser resolvida apenas em março. O mais cotado para assumir a estatal é o ex-governador Orlando Pessuti. O ex-governador disse que houve conversas com Richa sobre o assunto, mas não um convite oficial. Pessuti também disse que ainda precisa conversar com seu grupo político antes de aceitar ou recusar um eventual convite. O ex-governador disse também que pediu para Richa adiar essa questão para março.

O principal problema para Pessuti seria sua relação com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), também pré-candidata ao governo do estado. Hoje, Pessuti é conselheiro do BNDES e o senador Sérgio Souza (PMDB), seu afilhado político, ocupa a cadeira de Gleisi no Senado. Uma adesão ao governo do estado poderia azedar a relação. O ex-governador afirma que não conversou com a ministra sobre o assunto.

Outros nomes

Já são dados como certos no novo secretariado os deputados federais Reinhold Stephanes (PSD), que iria para a Casa Civil, e Ratinho Jr. (PSC), que ficaria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu). Especula-se que o atual chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani, poderia ocupar uma diretoria da Sanepar ou da Copel. E o titular da Sedu, Cezar Silvestri, seria remanejado para uma nova pasta a ser criada: a de Governo.

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