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Indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luiz Fachin disse nesta quarta-feira (15) que sabe distinguir as “direções e os diversos momentos” de sua vida profissional. Foi uma resposta ao fato de aparecer em um vídeo de 2010 em que pede voto para a petista.

Jurista indicado por Dilma para o STF já pediu voto para a presidente

Luiz Edson Fachin disse, em 2010, que eleição de petista era necessária para garantir conquistas dos anos anteriores

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“A vida implica em diversos momentos no exercício da cidadania, em tomada de algumas direções. Eu sei bem distinguir as direções e os diversos momentos. Tenho certeza que meu comportamento e minha trajetória indicam também nessa direção.”

Senadores da oposição afirmam que o vídeo coloca a indicação sob suspeita, pois, como ministro, ele terá de julgar casos envolvendo membros do governo no STF.

Fachin evitou dar detalhes sobre o vídeo, disponível no Youtube. O advogado disse que responderá a todos os questionamentos em sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para 29 de abril.

Na filmagem, Fachin defende voto em Dilma ao ler um manifesto de juristas. “Em homenagem e respeito ao Senado, vamos desenvolver todos esses temas e outros que forem do interesse dos senadores por ocasião da sabatina”, disse ele. “E eu, desde logo, com humildade, estou à disposição dos senadores e evidentemente prestarei todos os esclarecimentos que forem necessários”, completou.

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Fachin se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem entregou seu currículo. E visitou senadores.

Além do vídeo, uma série de documentos e manifestos em que Fachin defende a reforma agrária circularam no Senado e serviram de combustível para aumentar as resistências à sua indicação.

Fachin carrega ainda em sua bagagem uma ligação histórica com o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o que preocupa a bancada ruralista no Senado. Integrada por 21 senadores, é a maior bancada suprapartidária da Casa.

O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), teve suas propriedades invadidas pelo MST no último mês de março. Em público Eunício Oliveira tem dito, entretanto, que não vê problemas na indicação de Fachin.

Dessa conta deve ser excluído o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que apoia e trabalhou pela indicação de Luiz Fachin.

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