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O inquérito sobre a morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, deve ser encaminhado nesta sexta-feira ao Ministério Público. Segundo delegado responsável, ainda faltam dois laudos técnicos, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e do Instituto Félix Pacheco, para a conclusão do trabalho. Em depoimento neste domingo de carnaval, uma testemunha confirmou que os bandidos sabiam que o menino de seis anos estava sendo arrastado, preso ao cinto de segurança do lado de fora do carro roubado .Esse é a principal conclusão do relatório, que vai contar ainda que os cinco atuaram em conjunto com o propósito de roubar o carro, desmotá-lo e vender os acessórios. Cada um do bando receberia um pedaço do veículo.

Os cinco bandidos negam a acusação, dizendo que não sabiam da presença do menino. Eles serão acusados de latrocínio e formação de quadrilha.De acordo com o encarregado da investigação, o delegado Adilson Palácio, os policiais não pretendem ouvir o depoimento da irmã do João Hélio.

Ficou esclarecido ainda que o menor participou do crime e foi responsável por render, armado, a mãe de João. Carlos Eduardo Lima assumiu a direção, Diego Nascimento ocupou o lugar do carona e o menor sentou-se atrás. Foi Diego quem ameaçou uma testemunha que emparelhou com o carro e ouviu o criminoso chamar o menino de "boneco de Judas". Os três teriam permanecido durante todo o trajeto no veículo.

João Hélio foi morto depois de ficar preso pelo cinto de segurança do lado de fora de um carro roubado. Ele foi arrastado por sete quilômetros. A morte de João chocou todo o país, e fez com que voltasse a discussão sobre a maioridade penal. Entre os cinco acusados de participar do crime há um menor de idade.

A pena para os quatro maiores varia entre 20 e 30 anos. O menor, no entanto, só poderá ficar detido por no máximo três anos , segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que reforça a sensação de impunidade nas pessoas que ficaram horrorizadas com o crime.

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