O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), não acredita que a briga entre PT e PSDB, na comissão possa prejudicar o andamento dos trabalhos. "Não pode e não vai inviabilizar os trabalhos", disse o senador nesta quarta-feira (8). De um lado, os tucanos acusam os petistas de estarem focando as investigações apenas no governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com o objetivo de desviar as atenções do julgamento do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, e de outro, o PT rebate e quer aprofundar as investigações do esquema montado em Goiás.
Vital não quis opinar se a comissão deveria reconvocar o governador Perillo para explicar as novas acusações de que teria firmado um compromisso com a Delta Construções, intermediado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mas lembrou que o "núcleo da quadrilha" está em Goiás.
"Não sou eu que estou dizendo, qualquer criancinha sabe disso, ela nasceu lá", afirmou. Ele ressalvou, no entanto, que esse fato não é "determinante" para o governador ir ou não à comissão. "Não tenho convicção disso, até porque espero que a CPI analise".
Vital disse que a reconvocação do governador de Goiás é um dos 280 requerimentos que devem ir a votação no mês de agosto. O calendário dos trabalhos da comissão será divulgado na próxima semana.
Vital também se recusou a comentar o pedido de convocação de Wilder Morais (DEM-GO), suplente do senador cassado Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO). Gravações da Polícia Federal revelaram que Wilder deveria a suplência de Demóstenes a Cachoeira. "A presidência não versa sobre conceitos isolados de requerimentos, a presidência se pronuncia depois de requerimentos aprovados", afirmou.
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