Irmão de ex-ministro deixa a carceragem da Polícia Federal

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Suspeito de ser um dos subordinados do doleiro Alberto Youssef no esquema investigado pela Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho deixou ontem à noite a carceragem da Polícia Federal (PF) , em Curitiba. Último dos suspeitos a se entregar nesta fase da operação, ele estava preso desde segunda-feira. O juiz federal Sérgio Moro negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) de prorrogação da prisão do suspeito e, com o fim do prazo da prisão temporária, determinou a soltura de Adarico, que é irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.

Adarico deixou a carceragem acompanhado do filho e não quis falar com a imprensa. Segundo suas advogadas, ele seguiu para casa. "A decisão [de Moro] considerou a presunção de inocência do meu cliente. Entendemos que ele colaborou com o interrogatório, tanto que não foi novamente questionado pelos policiais", declarou Joyce Roysen, advogada do suspeito. Em seu despacho, Moro afirma que "muito embora haja prova, em cognição sumária, de que Adarico Negromonte Filho teria participado do grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef dedicado à lavagem de dinheiro e ao pagamento de propina a agentes públicos, forçoso reconhecer que o papel era de caráter subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos".

Apesar de ser posto em liberdade, Negromonte terá que obdecer a uma série de medidas cautelares, como a proibição de deixar o país e de mudar de endereço sem autorização judicial, obrigação de entregar o passaporte no prazo de cinco dias e de comparecer a todos os atos do processo, tanto na investigação como na eventual ação penal.

Com a saída de Negromonte da prisão, 13 presos da sétima fase da Operação Lava Jato continuam na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.