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Após ter seu pedido de trabalho externo rejeitado pela Procuradoria-Geral da República, que o considerou genérico demais, o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas detalhou sua proposta de emprego e enviou novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nele, o condenado no processo do mensalão revela que receberá R$ 1,2 mil para trabalhar como assistente administrativo numa empresa de engenharia, que também atua no setor de compra e venda de imóveis.

Um dos proprietários da Mísula Engenharia João Marques da Cruz Neto disse à Folha que conheceu Lamas numa igreja de Brasília e, sabendo da condição de seu filho menor de idade, que é paraplégico, ofereceu o emprego para tentar "amenizar o sofrimento" do ex-tesoureiro. "Nos conhecemos antes dessa confusão toda, nos aproximamos na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe. Ele se aposentou para cuidar do filho, que ficou paraplégico num acidente de carro que o próprio Jacinto estava dirigindo. É algo de muito sofrimento para ele. Ofereci o emprego para ajudar a família e ver se conseguimos amenizar o sofrimento dele", disse.

No material enviado, consta um documento da Mísula dizendo que o desejo de contratar Lamas surgiu após uma entrevista de emprego feita no dia 16 de setembro. Nele é dito que foi fundamental para a escolha a pró-atividade de Lamas, sua boa comunicação, por ele saber lidar bem com números, saber trabalhar sob pressão e por sua capacidade de organização.

O pedido detalha uma série de atividades que serão desempenhada por Lamas. Entre elas consta o recebimento de correspondências, atender telefonemas e esclarecer dúvidas sobre a parte financeira, coordenar compras e manter organizado arquivos e cadastros.

Na carta de contratação, assinada por João Marques, seu possível futuro empregador diz que espera o comparecimento de Lamas na sede da empresa munido de documentos pessoas, carteira de trabalho e duas fotos para concluir o processo de contratação. Além da remuneração de R$ 1.250, Marques também pagará a Lamas vale transporte e R$ 11 por dia de vale alimentação.

O novo pedido de emprego deve ser enviado à Procuradoria-Geral da República para análise. Depois disso ele deve ser apreciado pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, ou pelo juiz que o auxilia na VEP (Vara de Execuções Penais) de Brasília.

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