Seis meses depois da instauração do processo por quebra de decoro contra o deputado licenciado José Janene (PP-PR) no Conselho de Ética, o parlamentar enfim se propõe a depor no colegiado. Janene ligou nesta quarta-feira para o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), e disse estar pronto para ser ouvido. A decisão ocorre um dia depois de o relator do processo, Jairo Carneiro (PFL-BA), ter anunciado que entregaria até semana que vem o relatório do caso, provavelmente pedindo a cassação do mandato de Janene.
O ex-líder do PP é acusado de ter recebido do esquema do empresário Marcos Valério R$ 4,1 milhões. Na conversa com Izar, Janene pediu para ser ouvido no fim do mês.
O presidente do Conselho conversou com o relator e os dois aceitaram ouvir o parlamentar, mas com uma condição: que Janene ou seu advogado envie ainda esta semana um ofício se comprometendo a comparecer na data a ser marcada. Isso se dá em função das dificuldades que Janene, ao longo dos seis meses, tem imposto ao Conselho, que não conseguiu ouvi-lo até hoje.
O processo contra Janene foi instaurado em 17 de outubro de 2005, o parlamentar foi notificado apenas em dezembro e apresentou sua defesa em janeiro. Ele está de licença médica desde outubro. O deputado vem se utilizando de seguidas licenças médicas, que já ultrapassaram o limite permitido pelo regimento da Câmara.
Janene ainda tenta suspender no Supremo Tribunal Federal (STF) a tramitação do processo e pede também que seja concedida sua aposentadoria por invalizdez.
Mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou parecer negando a aposentadoria ao parlamentar e decidiu que o processo contra ele no Conselho deve continuar.
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