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Janot nega que vazamento tenha sido feito pela Procuradoria-Geral da República. | Antonio Cruz/Agência Brasil
Janot nega que vazamento tenha sido feito pela Procuradoria-Geral da República.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um ofício para que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar o vazamento da informação de que o órgão pediu a prisão dos principais nomes da cúpula do PMDB. Caberá ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, dar início ao procedimento.

Essa não é a primeira vez que o procurador-geral da República pede para que se apure quem foram os responsáveis por vazamentos de informações sigilosas da Operação Lava Jato. A PF, por exemplo, já abriu inquérito para investigar o vazamento da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Na sexta-feira (10), em um duro discurso, Janot negou que tenha sido responsável pelos vazamentos. Ele chamou de “levianas” as acusações de que as informações teriam saído da Procuradoria-Geral da República (PGR) como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir os pedidos prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Janot apontou que a teoria foi disseminada por “figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro”. “O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: A quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi”, disse.

Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes havia criticado os vazamentos e insinuado que as informações teriam sido divulgadas pela PGR.

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