O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) mirou o PMDB do presidente do Senado, José Sarney (AP), e do líder Renan Calheiros (AL), quando disse que boa parte do partido "quer mesmo é corrupção", mas acabou atingindo a pré-candidatura presidencial do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). É o que avaliam setores expressivos do PMDB e do PSDB, para quem Aécio foi abalroado mais "de caso pensado" do que "por tabela".
Alguns suspeitam até de que o senador possa ter agido para beneficiar o governador paulista José Serra, concorrente de Aécio na disputa pela vaga de candidato a presidente pelo PSDB. É o caso do líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que vem acalentando o sonho de filiar Aécio ao PMDB para transformá-lo em candidato em 2010.
Jarbas não nega sua simpatia pela candidatura de Serra e tampouco discorda da constatação de que seus ataques ao PMDB soaram como um fato novo que consolida a imagem ruim do partido. Admite até que se deu conta de que a mácula ficou muito forte e isso inibe o eventual movimento de um pré-candidato em direção ao partido. Mas diz que "o plano B de Aécio, via PMDB", já estava fora de cogitação.
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