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O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, entrou com representação na corregedoria da Casa nesta quinta-feira (27) por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Mendonça Prado (DEM-SE). No documento, Tatto argumenta que Prado incitou os manifestantes que estavam nas galerias do Plenário na sessão desta quarta-feira da Câmara, quando seria votado o projeto que reduz a jornada de trabalho dos enfermeiros.

Na noite de ontem, foi votado o projeto que reduziria de 42 horas para 30 horas a jornada dos enfermeiros, com muita confusão, chegando a bate-boca entre parlamentares a agitação dos manifestantes. O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) pediu mais tempo para o diálogo sobre o projeto e foi vaiado pelos enfermeiros que lotavam a galeria.

Na votação, com as galerias lotadas de enfermeiros, os líderes avisaram que não aceitariam votar a retirada de pauta do projeto. Chinaglia disse que o projeto precisava de mais prazo de debate. Foi vaiado. Como solução Tatto decidiu não arriscar, pedindo a verificação de quórum na votação de outro projeto, o que inviabilizou a apreciação do projeto dos enfermeiros.

No final do dia, Marco Maia voltou a presidir a sessão e acabou batendo boca em plenário com Mendonça Prado. Muitos enfermeiros ainda continuavam nas galerias, na esperança de que o quórum fosse obtido e o projeto pudesse ser votado. Quando Marco Maia anunciou que encerraria a sessão, Mendonça Prado foi ao microfone e acusou Maia de não querer votar o projeto dos enfermeiros. O presidente da Casa, enfurecido, reagiu.

"Quem colocou o projeto na pauta foi esse deputado", disse Maia, referindo-se a ele próprio. "Vossa excelência é um desqualificado. Nunca me procurou para pedir a votação desse projeto, está fazendo proselitismo", disse ontem.

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