Relator do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa voltou a dizer nesta quinta-feira (6) que por conta de ser o responsável pela análise da denúncia sofreu "ataques velados e covardes" nos últimos sete anos.

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A declaração ocorreu durante uma discussão da Corte sobre "vencedores e vencidos" ao proferirem os votos pelas condenações e absolvições. A fala foi após o ministro Celo de Mello destacar a importância do ministro revisor do processo, que segundo ele não é coadjuvante no julgamento.

Barbosa e o revisor, ministro Ricardo Lewandowski, já protagonizaram embates no julgamento e troca de alfinetadas. "Espero que nunca esqueçamos os ataques de que fui objeto, ataques velados, covardes, muitas vezes, sempre tendo como pano de fundo esse processo", disse.

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Citando Rui Barbosa, Celso de Mello afirmou que "o bom ladrão salvou-se na cruz. Mas não há salvação possível para juiz covarde".

No início da apresentação de seu voto, no mês passado, Barbosa chegou a reclamar no plenário do STF de ataques dos advogados.Na semana passada, Barbosa, recusou o título de "herói" e disse ser apenas um "barnabé" do processo.

A expressão foi usada quando o ministro, mesmo escoltado por um pelotão de seguranças na saída de cerimônia no STJ (Superior Tribunal de Justiça), foi abordado por duas mulheres que o chamaram de "nosso herói".

Ele reagiu: "Que isso, gente, sou só o barnabé do processo". Barnabé tem uso pejorativo para designar funcionário público, principalmente o de nível hierárquico baixo.

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