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Levy também irá convencê-los a apoiar os termos do governo sobre o tema, sob o argumento de que são fundamentais para corrigir distorções e melhorar as contas do governo | NACHO DOCE/REUTERS
Levy também irá convencê-los a apoiar os termos do governo sobre o tema, sob o argumento de que são fundamentais para corrigir distorções e melhorar as contas do governo| Foto: NACHO DOCE/REUTERS

Começou há pouco a reunião do Partido dos Trabalhadores com a equipe econômica do governo para tratar das modificações nas medidas de ajuste fiscal, que devem começar a ser feitas nos próximos dias. No encontro, realizado no apartamento do deputado Beto Faro (PT-PA), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, irá ouvir o posicionamento dos parlamentares petistas sobre as medidas que endurecem as regras para concessão de benefícios trabalhistas, previstas nas Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665. Levy também irá convencê-los a apoiar os termos do governo sobre o tema, sob o argumento de que são fundamentais para corrigir distorções e melhorar as contas do governo.

Levy está acompanhado dos ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência) e Pepe Vargas (Relações Institucionais). Apesar do clima de descontração, com brincadeiras por parte dos petistas, Levy demonstrava estar tenso no início da reunião. Nem mesmo quando Carlos Gabas tentou quebrar o gelo, entregando a Levy uma cartilha com o resumo das regras previstas nas MPs 664 e 665, conseguiu arrancar um sorriso do ministro da Fazenda. “Olha aqui essa cartilha, Levy, para você aprender tudo sobre Previdência”, brincou, sem sucesso, Gabas.

A tarefa de Levy será árdua. Há menos de um mês, o GLOBO publicou levantamento mostrando que os parlamentares do PT são, em grande maioria, contra o ajuste fiscal da forma como foi proposto pela presidente Dilma Rousseff. Dos 59 deputados e senadores do PT que foram ouvidos (do total de 79 da bancada petista no Congresso), 40 disseram que não concordam com as propostas enviadas ao Congresso pelo governo, enquanto apenas 18 concordam e um não quis se posicionar.

A comissão especial para analisar as medidas deve ser instalada nos próximos dias. A relatoria de ao menos uma das MPs deve ficar com o PT, depois de um acordo com o PMDB e PP, que cederam a vaga ao partido da presidente Dilma. Os parlamentares do PT já anunciaram que pretendem fazer alterações nas medidas, como a redução do tempo de serviço de 18 para 12 meses para obtenção do seguro-desemprego e aumento da pensão por morte de 50% para 75% sobre o valor da aposentadoria. Há ainda iniciativas no sentido de incluir o fim do fator previdenciário nas medidas e adotar outras que onerem os mais ricos.

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