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Acusado de censura pelo PPS por não publicar nenhuma reportagem sobre o julgamento do mensalão na edição da última quinta-feira, o Jornal da Câmara tratou do assunto na edição desta sexta-feira. Na quinta, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), reagiu com irritação às acusações no Plenário, e declarou que o julgamento era para "aqueles que não têm absolutamente mais nada para fazer das suas vidas".

O mensalão é tema da manchete do jornal desta sexta ("Julgamento no Supremo domina debates da semana no Plenário"), e de todas as reportagens da página 3 - entre elas, uma sobre a acusação de censura, em que Marco Maia se defende.

"Eu nunca fiz isso, não farei e não tenho poder de censurar nenhum deputado ou veículo da Câmara; essa é uma afirmação mentirosa que não tem nada a ver com minhas ações (...) Há uma máxima aqui na Casa segundo a qual aqueles deputados que se orientam por afirmações na imprensa ou colunas de jornal não têm credibilidade nenhuma junto aos pares", disse Maia ao jornal.

Durante julgamento, protestos em plenário

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) realizava o julgamento do mensalão, dirigentes do PPS foram ao Plenário da Câmara fazer discursos para reclamar do fato de o "Jornal da Câmara" de quinta não ter publicado matéria a respeito do julgamento.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), e o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disseram que o jornal havia sofrido censura e cobraram explicações de Marco Maia, que não estava no plenário na ocasião.

Com um exemplar nas mãos, Freire disse que aguardava explicações de Marco Maia. O deputado se irritou quando informado de que seu tempo estava terminando e que começaria o chamado Grande Expediente. "Estão querendo me impedir de falar. como o Jornal da Câmara impediu. Estou aguardando explicações do presidente Marcos (sic) Maia", disse Freire.

Marco Maia reagiu às acusações: "Vi que a oposição estava reunida numa sala, assistindo e quero mandar um recado: enquanto eles estão lá, reunidos, assistindo, estou fazendo algumas conversas, reuniões para liberar as emendas da oposição, que são importantes para os municípios", disse ele, numa referência ao acordo sobre liberação de emendas parlamentares para viabilizar votações na Câmara.

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