José Jorge é escolhido pelo PFL para ser o vice de Alckmin

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Numa disputa apertada, com uma diferença de apenas seis votos, o PFL escolheu o senador José Jorge (PE) para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa do tucano Geraldo Alckmin. O senador pernambucano ficou com 51 dos 96 votos do colégio do PFL enquanto o senador José Agripino (RN) recebeu 45.

Com a escolha do vice, a cúpula tucana espera dar novo fôlego à campanha do ex-governador de São Paulo.

Após o anúncio do resultado, José Jorge disse não acreditar que a disputa apertada deixará seqüelas no partido. O senador disse que já esperava a vitória, embora tivesse consciência de que a disputa seria apertada. Segundo ele, a formalização da aliança com o PSDB deve ocorrer no dia 29 em Pernambuco.

O prefeito do Rio, Cesar Maia (RJ), que apoiou José Jorge, disse que ele tem uma qualidade essencial para um vice: a discrição.

- Ele tem uma característica importante para um vice: é um homem discreto - disse o prefeito.

Agripino era o preferido entre os tucanos e do senador pefelista Antonio Carlos Magalhães (BA). Como líder do PFL no Senado, restabeleceu a parceria com o PSDB, aproximando-se especialmente dos senadores Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE).

Já José Jorge, além do apoio de Cesar Maia, contava com o respaldo do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e outros caciques do partido como senador Marco Maciel (PE), que foi vice de Fernando Henrique Cardoso por oito anos.

Pesa contra ele, porém, o fato de ter sido ministro das Minas e Energia no governo tucano no período do racionamento de energia. Embora seja representante de um colégio eleitoral mais significativo do que o de Agripino, José Jorge é considerado um parlamentar meio apagado, com dificuldades políticas em Pernambuco.

- Seria a chapa do chuchu com chuchuzinho - disse certa vez um cardeal tucano.

O senador José Agripino (RN) saiu sem falar com a imprensa, assim como o presidente do PFL. O colégio eleitoral do PFL inclui 16 senadores, 65 deputados, quatro governadores, dois vice-governadores, dois prefeitos de capital e cinco representantes da executiva nacional sem mandato.