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José Sarney nega envolvimento em desvio de verbas

Sarney disse que não tem relação com deputada Fátima Pelaes | Jane Araújo/Ag. Senado
Sarney disse que não tem relação com deputada Fátima Pelaes (Foto: Jane Araújo/Ag. Senado)

Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou ontem, por intermédio de sua assessoria, envolvimento no esquema de desvio de verbas do Ministério do Tu­­­rismo, repassadas para o Instituto Brasileiro de Desen­­­volvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma ONG de fachada que funcionava no Amapá.

Sarney disse que a única emenda de seu interesse no estado, que destinava R$ 975 mil para o museu do Parque Nacional do Tumu­­­cumaque, não foi efetivada, "virou pó", segundo um assessor. Ele também negou que Sarney tenha conversado ou procurado o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, para falar de emenda de seu interesse. "Sarney nunca procurou Colbert nem ninguém do Ministério do Turismo para pedir nada", informou.

O assessor afirmou que o senador, "há um bom tempo", não tinha mais ligação com a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), que teria feito campanha para seu desafeto político, o ex-governador João Capiberibe (PSB). Pelaes é autora de duas emendas para o Ibrasi, relacionadas a dois convênios com o Ministério do Turismo, no valor de R$4 milhões e de R$ 5 milhões.

O assessor disse que Sarney não quis falar na quinta-feira sobre o escândalo, quebrando a rotina de responder a perguntas dos repórteres quando chega ao Senado, para não "entrar" em tema que, segundo o assessor, não tem relação com ele.

Encarregada da Operação Voucher, que resultou na prisão de 35 pessoas envolvidas nas irregularidades entre o Ministério do Turismo e entidades do Amapá, a Polícia Federal afirma, com base numa gravação autorizada pela Justiça, que José Sarney teria "interesse" em projeto que recebeu R$ 3 milhões e nunca saiu do papel.

Em um dos diálogos gravados, Colbert afirma: "E tem que ver aquela obra lá do Amapá, aquela lá da Fátima Pelaes, daquela confusão do mundo todo que é interesse do Sarney. Tá certo? Que se cancelar aquilo, aquilo tá na bica de cancelamento, enfim, algumas que eu sei de cabeça, assim. Cancela aquela, pega Sarney pela proa, já vai ser mais confusão ainda, ok?". O projeto foi assinado pelo secretário-executivo do ministério, Frederico da Silva Costa, que foi preso pela Polícia Federal.

Apoio no Senado

Nove senadores já se inscreveram para falar na sessão Plenária do Senado de segunda-feira em apoio às ações da presidente da República, Dilma Rousseff, no combate à corrupção. A informação é do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que está liderando um "movimento" de suporte à petista.

"A tese é dar força à presidente da República para que ela faça um governo com integridade moral e ética", declarou o senador gaúcho à Agência Senado. Na quinta-feira, Sarney havia reiterado o apoio a Dilma.

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