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Rio de Janeiro - O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, recordou sua militância contra o regime militar ontem. "No golpe militar [em 1964, quando era presidente da União Nacional dos Estudantes] eu estava aqui no Rio, as pessoas me recebiam, mas com muito medo, eu tinha uma cara muito conhecida e era muito perseguido. Naquela época, a UNE era uma entidade mais forte’’, disse Serra em entrevista à rádio Tupi, no Rio de Ja­­­neiro. Na última quinta-feira, o programa político PT destacou a participação da ex-ministra Dilma Rousseff contra a ditadura.

Dizendo-se "um sobrevivente do Estádio Nacional’’, numa referência ao local da capital chilena, Santiago – onde muitas pessoas morreram após o golpe militar de 1973, comandado por Au­­­gusto Pinochet – o tucano também relatou os interrogatórios pelos quais passou no Brasil após voltar do exílio no Chile.

"Fui interrogado na época da ditadura. Dois ou três dias seguidos, 12 a 16 horas’’, afirmou.

Na entrevista, Serra ainda lançou indireta contra Dilma, afirmando que não se deixa pautar por publicitários e que por isso não "escorrega’’, mantendo um discurso coerente.

Serra também declarou se dar muito bem com Lula e negou que possa ser levado a atacá-lo durante a campanha eleitoral. "Tenho nervos de aço. Não saio do prumo’’, disse, quatro dias depois de ter chamado uma jornalista de "nervosinha’’ por questioná-lo sobre o papel do Banco Central.

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