A coligação do candidato Antonio Belinati (PP) conseguiu liminar da 189ª Zona Eleitoral que obriga o adversário Luiz Carlos Hauly (PSDB) a retirar do ar temporariamente uma inserção em que pai e filha conversam, antes de dormirem, sobre o ato de roubar "de um político cassado que chegou até a ser preso".
De acordo com a defesa de Belinati, Hauly usou uma gravação externa para degradar e ridicularizá-lo. "Utilizar-se de uma criança para o ataque não é nada ingênuo", dizem os advogados no pedido. "Insinuar que o candidato rouba é a pior das propagandas", afirmam. De acordo com os advogados de Belinati, "insinuar roubo ultrapassa o limite da crítica pois imputa fato típico e inverídico" ao pepista.
O juiz Luiz Gonzaga Tucunduva de Moura afirma na decisão provisória que, de fato, o diálogo entre pai e filha "extrapola os limites da crítica" pois os personagens da cena tratam do "repúdio ao candidato que rouba numa referência clara ao requerente , ainda que não haja menção ao seu nome".
Nome do adversário não foi citado, diz advogado tucano
Já o advogado do PSDB, Alexandre Hauly, argumentou que a inserção não se dirige a Antonio Belinati e não cita o nome do opositor. Ele afirma tratar-se de uma "mensagem de conscientização do eleitor para o voto limpo" e diz que nada "foi dito que ele roubou". Segundo o advogado tucano, "o homem público deve suportar a crítica, ainda que ácida e dura de suas desvirtudes e equívocos porque faz parte do jogo político e possui serventia social de esclarecer a sociedade".
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